A política de compartilhar informações do aplicativo com empresas tem preocupado autoridades Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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O WhatsApp, adquirido pelo Facebook em 2014, alterou em agosto as suas condições de utilização. Desde então, pode compartilhar dados pessoais de seus usuários para que outros aplicativos no grupo, Facebook ou Instagram, proponham anúncios publicitários. Para o G29, a possibilidade de compartilhar informações para fins de publicidade "não fazia parte das condições de uso e política de privacidade quando os usuários atuais aderiram ao serviço WhatsApp".
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, expressou no início de setembro dúvidas sobre essa mudança. Seu porta-voz disse que estavam "em contato com o Facebook sobre esta questão". As autoridades independentes europeias também enviaram uma carta para o serviço de e-mail Yahoo!, pedindo explicações sobre uma falha de segurança que permitiu em 2014 o roubo de dados pessoais de 500 milhões de usuários, "um número significativo de europeus".
Além disso, o G29 apelou para que o Yahoo! forneça todas as informações relativas à possível vigilância de seus clientes a pedido do serviço de inteligência dos Estados Unidos e se essa atividade é compatível com o direito europeu. A compra do WhatsApp pelo Facebook em 2014, que o ex-comissário Joaquin Almunia aprovou sem condições, provocou a rejeição de grupos de defesa da vida privada, que temiam uma utilização abusiva dos dados pessoais dos utilizadores.