Dezenas de milhares participaram da bênção dos Cohanim, um dos momentos mais importantes da semana religiosa do Sucot, que termina em 25 de outubro. Foto: Gil Cohen - Magen / AFP
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Homens e mulheres do mundo inteiro se aproximaram do Muro para estar o mais perto possível nos espaços reservados para cada um dos sexos.
Situado na parte baixa da Esplanada das Mesquitas, o Muro das Lamentações é o vestígio do segundo templo judaico destruído pelos romanos no ano 70.
Esplanada do Templo
A Esplanada do Templo, como é chamada pelos judeus-cristãos, é o local mais sagrado para os judeus, mas é também o terceiro lugar santo do Islã. Assim como a cidade velha que a cerca, está situada em Jerusalém Oriental, uma zona palestina da cidade anexada há décadas por Israel, o que a localiza no coração do conflito israelense-palestino.
A bênção ocorre um dia após a adoção pela Unesco de uma resolução sobre Jerusalém Oriental que provocou polêmica em Israel.
O texto, que nega o vínculo entre o Muro das Lamentações e o judaísmo, foi submetido pelos países árabes em nome da proteção do patrimônio cultural palestinos. As autoridades israelenses o denunciaram de forma quase unânime porque desta maneira é negado o vínculo histórico entre os judeus e Jerusalém.
As bênçãos em massa são uma tradição duas vezes por ano, para o Sucot e durante a Páscoa. Na terça-feira foram cercadas por um dispositivo de segurança reforçado, segundo a polícia. As autoridades temiam atentados palestinos. Não foi reportado nenhum incidente em Jerusalém.