Discriminação

OMS se preocupa com preconceito contra os idosos

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 29/09/2016 às 11:44
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60% da população considera que os idosos não são respeitados / Foto: EBC

60% da população considera que os idosos não são respeitados Foto: EBC

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou sua preocupação com a discriminação contra as pessoas mais velhas após a realização de uma primeira pesquisa sobre este assunto, que mostrou que 60% da população mundial considera que os idosos não são respeitados.

Em um relatório publicado na quinta-feira na sua sede em Genebra, a OMS, agência da ONU, indica que cerca de 83.000 pessoas de 57 países participaram desta sondagem sobre a atitude para com as pessoas mais velhas.

A pesquisa revelou que os países onde os idosos são menos respeitados são os que têm as rendas mais altas.

A sondagem mostra que "o preconceito contra as pessoas mais velhas é algo muito difundido", declarou em uma conferência de imprensa em Genebra John Beard, encarregado de problemas relacionados aos idosos na OMS.

"Assim como com o sexismo e o racismo, é possível mudar as normas sociais, e já é hora de parar de identificar as pessoas com base em sua idade, e isso vai resultar em sociedades mais prósperas, mais justas e com melhor saúde", acrescentou.

As atitudes negativas em relação às pessoas de idade têm consequências significativas sobre sua saúde mental e física, afirma a OMS.

Os idosos que se sentem como um fardo para os outros correm o risco de sofrer depressão e isolamento, de acordo com o relatório. 

Um estudo recente mostrou, segundo a OMS, que as pessoas com um estado de ânimo negativo vivem em média 7,5 anos a menos do que as que são positivas.

Em 1 de outubro, a OMS vai comemorar o Dia internacional do idoso, e tentará passar uma mensagem de luta contra a discriminação contra as pessoas mais velhas.

O número de pessoas com 60 anos ou mais vai dobrar até 2025, e chegará a ser de mais de dois bilhões dentro de 30 anos. Em 2050, uma em cada cada cinco pessoas terá mais de 60 anos, e 80% delas terão baixa renda.

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