Compromisso

Mundo se aproxima da meta de restaurar florestas danificadas até 2020

Wladmir Paulino
Wladmir Paulino
Publicado em 04/09/2016 às 13:48
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Os compromissos com as florestas são parte do Desafio de Bonn, lançado em 2011. / Foto:

Os compromissos com as florestas são parte do Desafio de Bonn, lançado em 2011. Foto:

O mundo se aproximou da meta de restaurar até 2020 vastas áreas de terras e florestas danificadas, disseram no sábado especialistas reunidos no maior encontro mundial de conservacionistas.

Malauí e Guatemala se comprometeram a recuperar 4,54 milhões de hectares de terras degradadas, informaram participantes do simpósio da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Os compromissos são parte do Desafio de Bonn, lançado em 2011 para alcançar em 2020 a restauração de 150 milhões de hectares desmatados e degradados. 

"Já cruzamos o marco de 100 milhões de hectares, com 113 milhões, e estamos bem encaminhados para atingir o objetivo do Desafio de Bonn", disse a ativista de direitos humanos Bianca Jagger em uma coletiva de imprensa. 

"Para aqueles que não acham que este é um anúncio importante, vocês deveriam pensar duas vezes. Esta é provavelmente uma das iniciativas mais importantes que existem no mundo hoje", disse.

Jagger indicou que as terras recuperadas protegerão os recursos hídricos, estimularão a agricultura, gerarão trabalho e combaterão as mudanças climáticas. 

No total, 36 governos, organizações e companhias estão comprometidos com o Desafio de Bonn, lançado há cinco anos pela Alemanha e pela UICN e apoiado pela Cúpula do Clima da ONU de 2014.

Sua meta final é chegar a 2030 com 350 milhões de terras restauradas.

A UICN diz que alcançar esse objetivo geraria US$ 170 bilhões por ano em lucros líquidos pela proteção de bacias hidrográficas, melhoria da produtividade das colheitas e produtos florestais, e poderia capturar até 1,7 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano. 

Outros países que se comprometeram com o plano recentemente incluem Panamá, Costa do Marfim, República Centro Africana, Guiné e Gana.

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