O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que pedirá a retirada da embaixada do Brasil Foto: Facebook
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“O Governo do Equador não pode ignorar o fato de que um grande número de tomadores de decisão no processo de impeachment do presidente estão sendo investigados por atos graves de corrupção”, afirma o comunicado. “Estes eventos infelizes, inaceitáveis no século XXI, representam um sério risco para a estabilidade da nossa região e constituem um sério revés na consolidação da democracia, fruto de tanto esforço e sacrifício para o nosso povo.”
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Já o governo da Venezuela anunciou em nota oficial o congelamento das relações com o governo Temer, rotulando a situação como “originado em um golpe parlamentário”. O país ainda prometeu retirar definitivamente a embaixada do Brasil. “As oligarquias políticas e empresariais, que em em aliança com setores imperialistas consumaram o golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff, recorreram a artimanhas jurídicas sob o formato de crime sem responsabilidade para ascender ao poder pela única via possível: a fraude e a imoralidade”, afirmou o documento.
“A República Bolivariana de Venezuela expressa sua solidariedade com a presidenta Dilma Rousseff e com os milhões de mulheres e homens que mediante o voto direto e secreto elegeram a presidenta. Foi executado uma traição histórica contra o povo do Brasil e um atentado contra a integridade da mandatária mais honesta no exercício da presidência da República Federativa do Brasil”, continuou a nota. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também expressou solidariedade a Dilma Rousseff e aos brasileiros. “Condenamos o golpe oligárquico da direita! Quem luta vence!”, exclamou Maduro na rede social.
Toda la Solidaridad con @dilmabr y el PueblodeBrasil,condenamos el GolpeOligárquico de la derecha¡Quién Lucha Vence! https://t.co/0MkBrgsTwE
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 31 de agosto de 2016
A Bolívia ainda anunciou a retirada da embaixada do Brasil caso o impeachment fosse consolidada, condenando o "golpe parlamentar contra a democracia brasileira". Já Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, também expressou solidariedade afirmando que o coração estava ao lado de Dilma e dos "companheiros do PT".
Se consumó en Brasil el golpe institucional: Nueva forma de violentar la soberanía popular. #dilmarousseff
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 31 de agosto de 2016
O representante suplente da Nicaraguá, Luis Ezequiel Alvarado, também usou a expressão "Golpe de Estado Parlamentar", condenando o impeachment de Dilma. “Isso demonstra que as forças regressivas do hemisfério continuam trabalhando com o objetivo de desestabilizar e de provocar golpes de Estado contra os governos progressistas da região”, afirmou Alvarado.