História

Conheça o significado das cores da bandeira LGBT

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 28/06/2016 às 16:51
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A cada cor é atribuído um significado especifico e com o objetivo de definir a cultura, os interesses e todo o movimento LGBT / Foto: Gustavo Belarmino/NE10

A cada cor é atribuído um significado especifico e com o objetivo de definir a cultura, os interesses e todo o movimento LGBT Foto: Gustavo Belarmino/NE10

Com bandeiras de arco-íris levantadas, representantes de entidades e organizações pelos direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais no Brasil e no mundo se mobilizam, nesta terça-feira (28), para comemorar o Dia Internacional do Orgulho Gay reforçar a luta pelo fim do preconceito e da violência contra a comunidade LGBT. Entretanto, muitos questionam o porquê de a bandeira colorida ter se tornado o símbolo do movimento.

A bandeira do arco-íris é o símbolo do orgulho, do reconhecimento e da cultura LGBT a nível mundial. Desenhada pelo artista plástico Gilbert Baker, em 1978, a bandeira é composta por listas horizontais de seis cores diferentes (roxo azul, verde, amarelo, laranja e vermelho), semelhantes à do arco-íris. Estas cores representam a diversidade humana.

Inicialmente a bandeira tinha oito cores, sendo que por motivos comerciais, visando diminuir o preço, as cores rosa e azul-claro foram removidas. A cada cor é atribuído um significado especifico e com o objetivo de definir a cultura, os interesses e todo o movimento LGBT:

 

Existem várias versões, com pequenas variações das cores, número e disposição das barras. É impossível determinar a sua versão original, já que o seu uso acontece há muito tempo e em diferentes partes do mundo.

Para além da representação da cultura LGBT e dos seus direitos esta bandeira também representa paz, sendo usada na Segunda Guerra Mundial como símbolo da esperança numa nova era. Na época, os homossexuais nos campos de concentração nazistas eram identificados por um triângulo rosa, símbolo que permaneceu.

Durante a Guerra dos Camponeses, no século XVI na Alemanha, foi usada como sinal de esperança na nova era. Thomas Muentzer, sacerdote que apelou à revolta dos camponeses, é muitas vezes retratado segurando uma bandeira arco-íris.

Na década de 1970, em São Francisco, Califórnia, o movimento homossexual florescia, e os militantes queriam um símbolo que fosse mais entusiasta. Dessa forma, Gilbert Baker, amigo de Harvey Milk (o primeiro político gay eleito nos Estados Unidos da América),  tratou de providenciar um novo modelo. Baseado nos hippies, para os quais o arco-íris representava a paz, a estreia da bandeira ocorreu em 1978 na Parada do Orgulho Gay de São Francisco.

PERNAMBUCO -
No Recife, organizações pelos direitos LGBT realizam um ato ao lado da Assembleia Legislativa de Pernambuco que deve sair em caminhada pela Rua da Aurora no fim desta tarde. Está programada, também, vigília em homenagem aos mortos no massacre em uma boate gay de Orlando, nos EUA, e todos os LGBTs pernambucanos assassinados. Durante o ato, os participantes pretendem acender velas para representar as vítimas de violência.

De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), órgão que faz um levantamento anual dos assassinatos de LGBTs no Brasil, foram 313 casos de homicídios registrados em 2013, 327 em 2014 e 318 em 2015. Em 2016, estima-se que, de janeiro a junho, já foram registrados pelo menos 123 casos de homicídios LGBT. O País continua sendo o campeão mundial de crimes motivados pela homofobia e transfobia, segundo agências internacionais. A estimativa é de que uma morte LGBT é registrada a cada 28 horas no País.

Pernambuco lidera, há mais de uma década, o ranking na lista de estados que têm o maior número de casos de homicídios de LGBTs no Brasil.

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