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Justiça sul-africana valida comércio interno de chifre de rinoceronte

Emilayne Mayara dos Santos
Emilayne Mayara dos Santos
Publicado em 23/05/2016 às 15:56
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A África do Sul, que concentra 80% da população mundial de rinocerontes, debate há muitos anos a questão polêmica da legalização do comércio de chifres / Foto: Acervo

A África do Sul, que concentra 80% da população mundial de rinocerontes, debate há muitos anos a questão polêmica da legalização do comércio de chifres Foto: Acervo

A justiça da África do Sul confirmou nesta segunda-feira (23), o fim da moratória para o comércio interno de cifre de rinoceronte, rejeitando um recurso interposto pelo governo sobre esta questão polêmica.

Em novembro, um tribunal deu uma sentença favorável aos criadores de rinocerontes, que reivindicavam o direito de vender o chifre destes animais em território sul-africano.

O governo apelou da decisão judicial, mas na semana passada a Corte Suprema de Bloemfontein (centro) desestimou o recurso.

"Isto significa que os criadores privados de rinocerontes podem vender chifre dentro do mercado interno", disse à AFP Pelham Jones, presidente da sociedade sul-africana de proprietários privados de rinocerontes.

A África do Sul, que concentra 80% da população mundial de rinocerontes, debate há muitos anos a questão polêmica da legalização do comércio de chifres.

Em 2014, houve o pior massacre da história, com 1.215 animais assassinados. O tráfico alimenta um mercado clandestino de medicina tradicional na China e no Vietnã, onde se considera que o chifre de rinoceronte tem propriedades terapêuticas.

Os criadores consideram que a proibição só aumenta a caça ilegal e afirmam que podem responder à demanda asiática com chifres de rinocerontes vivos, que são serrados em um processo indolor, já que o animal é anestesiado, e que podem voltar a crescer se são cortados corretamente.


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