guerra civil

Mais de 40.000 pessoas podem morrer de fome no Sudão do Sul

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 08/02/2016 às 12:11
Leitura:

Sudão do Sul encontra-se na pior situação humanitária desde que começou a guerra civil há dois anos. / Foto: ALBERT GONZALEZ FARRAN / AFP

Sudão do Sul encontra-se na pior situação humanitária desde que começou a guerra civil há dois anos. Foto: ALBERT GONZALEZ FARRAN / AFP

Mais de 40.000 pessoas podem morrer de fome no Sudão do Sul, país assolado por uma guerra civil, advertiu nesta segunda-feira a ONU, que pediu aos beligerantes que permitam a passagem de ajuda humanitária.

"Cerca de 25% da população do país necessita urgentemente de ajuda humanitária e ao menos 40.000 pessoas estão no umbral de uma catástrofe", advertiram a Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), a UNICEF e o Programa Mundial de Alimentos (PAM).

O Sudão do Sul encontra-se na pior situação humanitária desde que começou a guerra civil há dois anos. Segundo a ONU, as condições "degeneram" o país, onde mais de 2,8 milhões de pessoas necessitam de ajuda, ou seja, a quarta parte da população.

"Entre as zonas mais necessitadas de ajuda muitas são inacessíveis devido às condições de segurança. É crucial que obtenhamos imediatamente um acesso ilimitado", declarou Jonathan Veitch, chefe da UNICEF para o Sudão do Sul.

O Sudão do Sul conseguiu a independência em julho de 2011 depois de décadas de conflito com o poder central de Cartum. Em 15 de dezembro de 2013, enfrentamentos entre facções das Forças Armadas deram início a uma guerra civil entre facções lideradas pelo presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar, com diferenças políticas e étnicas como pano de fundo.

Na semana passada, o governo do Sudão do Sul promulgou uma lei que limita de forma drástica a quantidade de membros estrangeiros das organizações humanitárias autorizada a trabalhar no país. Esta lei prevê que só 20% da equipe de uma ONG possa ser de origem estrangeira.

Mais lidas