Operado pela Daalo Airlines e voando de Mogadíscio para o Djibuti com cerca de 74 passageiros, o avião aterrissou a salvo. Dois passageiros ficaram levemente feridos, disse a Polícia. Foto: Mohamed Abdiwahab / AFP
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Operado pela Daalo Airlines e voando de Mogadíscio para o Djibuti com cerca de 74 passageiros, o avião aterrissou a salvo. Dois passageiros ficaram levemente feridos, disse a Polícia.
Segundo o jornal sérvio Blic, o piloto do Airbus A321, Vladimir Vodopivec, um sérvio de 64 anos, já havia relatado a um amigo que, para ele, a explosão que danificou a fuselagem do interior da cabine para o exterior foi causada por uma "bomba". Imagens do avião mostram um buraco de cerca de um metro de diâmetro na fuselagem, pouco acima dos motores sob a asa direita.
Vodopivec disse que a explosão não danificou o sistema de navegação e que, apesar de uma perda de pressurização na cabine, ele conseguiu pousar o avião com segurança.
Imagens gravadas dentro da cabine e postadas nas redes sociais mostram máscaras de oxigênio penduradas no teto, e os passageiros, tirando fotos da parte de trás da cabine onde eles se agruparam. "O avião de passageiros fez um pouso de emergência logo após sua decolagem na terça-feira, e houve um dano em um lado da aeronave, sobre a asa direita", informou o chefe da Polícia Mohamed Ise, acrescentando que uma investigação sobre o incidente está em andamento. "Os passageiros estavam aterrorizados", disse Abdiwahab Hassan, um funcionário do aeroporto.
Nossa aeronave "encontrou um problema pouco depois da sua decolagem. A aeronave pousou sem problemas e, finalmente, todos os passageiros foram evacuados", declarou, por sua vez, a companhia aérea Daallo em um comunicado.
O aeroporto de Mogadíscio se tornou uma fortaleza desde o estabelecimento ao lado da principal base da força da União Africana na Somália (Amisom), composta por 22.000 homens e que ajuda o governo somali em sua luta contra os radicais islâmicos shebabs, afiliados à Al-Qaeda.
Expulsos de Mogadíscio em meados de 2011 e, depois, de seus principais redutos no centro e sul da Somália, os shebabs ainda controlam grandes áreas rurais. Nessas localidades, conduzem operações de guerrilha e ataques suicidas - às vezes até mesmo em Mogadíscio - contra os símbolos do governo, ou contra a Amisom.
Em janeiro, eles infligiram um sangrento golpe ao contingente queniano da Amisom, atacando uma base queniana no sudoeste da Somália. Os shebabs ainda não reivindicaram qualquer ação contra o avião da Daalo.