Álcool

Mais de 260 pessoas são detidas por violar lei seca em eleição na Guatemala

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 25/10/2015 às 15:26
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Lei seca proíbe a venda e consumo de álcool em toda a Guatemala durante as eleições / Foto: AFP

Lei seca proíbe a venda e consumo de álcool em toda a Guatemala durante as eleições Foto: AFP

Pelo menos 261 pessoas foram detidas por violar a lei seca em vigor na Guatemala em função do segundo turno das eleições presidenciais que acontecem neste domingo (25) no país. A lei seca, que proíbe a venda e consumo de álcool em toda a Guatemala, começou ao meio-dia desse sábado (24) para garantir que os mais de 7,5 milhões de cidadãos estejam sóbrios durante sua ida às urnas.

A medida, contemplada no Artigo 223 da Lei Eleitoral e dos Partidos Políticos, continuará em vigor até as 6h de segunda-feira. De acordo com as autoridades locais, as detenções por violação da lei seca foram registradas em vários pontos do país.

A polícia mobilizou mais de 33 mil agentes que, desde sexta-feira, estão fiscalizando o cumprimento da lei durante a eleição, que irá definir o presidente e vice-presidente do país para o período 2016 a 2020.

Os eleitores devem escolher entre o comediante Jimmy Morales, da Frente de Convergência Nacional, e a ex-primeira dama (2008-2011) Sandra Torres, da Unidade Nacional de Esperança. Morales e Torres conquistaram os dois primeiros lugares nas eleições gerais do dia 6 de setembro.

COSTA DO MARFIM - Na Costa do Marfim, que realiza hoje o primeiro turno de eleições, o pleito começou sem incidentes. É a primeira eleição para escolha de presidente do país desde as sangrentas eleições de 2010, quando Alassane Ouattara venceu, em segundo turno, o então presidente Laurent Gbagbo. A recusa de Gbagbo em aceitar os resultados levou a confrontos que causaram mais de 3 mil mortes e centenas de milhares de pessoas que foram deslocadas de suas cidades.

Nestas eleições, Ouattara é o favorito segundo pesquisas locais. O candidato à reeleição conta a seu favor com bons dados econômicos e espera ganhar em primeiro turno, face a uma oposição dividida. Os eleitores podem escolher entre oito candidatos, incluindo duas mulheres.

As assembleias de voto abriram com atraso em boa parte do país devido à falta de material e de pessoal. Prevista para começar as 7h, a votação só foi iniciada uma hora mais tarde na maior parte dos locais.

HAITI - No Haiti, que também tem eleições neste domingo, foram registrados atrasos de mais de meia hora em algumas regiões. Os haitianos escolhem, hoje, em primeiro turno, nomes para ocupar a Presidência do país e, em segundo turno, votam para candidatos ao Legislativo e administrações municipais.

O processo de verificação realizado por alguns presidentes das mesas eleitorais foi a causa do atraso na abertura de alguns centros. Nestas eleições estão inscritos cerca de 5,8 milhões de eleitores para eleger entre 50 candidatos. As 13 mil assembleias de voto vão continuar abertas até 16h, horário local. Mais de 10 mil agentes fiscalizam para garantir o bom funcionamento do ato eleitoral, com o apoio de polícias e militares da Missão das Nações Unidas no Haiti.

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