Direitos

EUA reconhece legalidade do casamento homossexual em nível nacional

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 26/06/2015 às 11:34
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Decisão histórica que aprovou casamento gay em todo o país foi anunciada nesta sexta-feira nos Estados Unidos / Foto: AFP

Decisão histórica que aprovou casamento gay em todo o país foi anunciada nesta sexta-feira nos Estados Unidos Foto: AFP

A Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou nesta sexta-feira (26) o casamento homossexual em todos os estados do país, em uma das decisões mais esperadas nas últimas décadas, que foi celebrada por ativistas no lado de fora do tribunal.

Em uma decisão histórica, o máximo tribunal dos EUA decidiu, com cinco votos a favor e quatro contra, que a Constituição requer que os estados realizem e reconheçam o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.

Nos arredores do edifício da Corte em Washington, uma multidão celebrou a decisão com gritos e ondeando a bandeira do arco-íris, símbolo universal dos direitos homossexuais.

O presidente americano, Barack Obama, elogiou a decisão da Suprema Corte, que representa uma nova vitória para a Casa Branca.

"Hoje é um grande passo em nossa marcha em direção à igualdade. Os casais gays e lésbicas agora têm o direito de se casar, como qualquer outro", escreveu Obama em sua conta no Twitter.

Dois anos depois de ter decretado que o casamento não era exclusivo dos casais heterossexuais, a Corte julgou que os 14 estados que atualmente se negam a unir duas pessoas do mesmo sexo devem agora casá-las e também reconhecer seu casamento se ele foi celebrado em outra jurisdição.

Em nome do princípio de igualdade de todos perante a lei, "a 14ª Emenda (da Constituição) requer que um estado celebre o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo", escreveu o juiz Anthony Kennedy, expressando a decisão da maioria da Suprema Corte. "O direito ao casamento é fundamental", completou.

O magistrado conservador uniu seu voto ao de quatro magistrados progressistas do tribunal para permitir que gays e lésbicas possam se casar em todos os cantos dos Estados Unidos.

O presidente da Corte, John Roberts, se opôs à decisão, assim como os outros três juízes conservadores.

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