Abalos sísmicos

Número de mortos em terremoto no Nepal sobe para 2.500

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 26/04/2015 às 14:32
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Além do terremoto de 7,8 graus, ocorreram tremores menores na noite de sábado e na manhã deste domingo / Foto: AFP

Além do terremoto de 7,8 graus, ocorreram tremores menores na noite de sábado e na manhã deste domingo Foto: AFP

Potentes tremores secundários atingiram o Nepal neste domingo após o devastador terremoto de magnitude 7,8 registrado no sábado (25), provocando o pânico dos sobreviventes de uma tragédia que deixou mais de 2.500 mortos, enquanto vários países anunciaram o envio de ajuda econômica e equipes de resgate.

Os tremores secundários, um deles de magnitude 6,7, ocorreram na noite de sábado e na manhã deste domingo, obrigando as pessoas na capital nepalesa a passar a noite ao relento ou em tendas de campanha.

"Não conseguimos dormir durante toda a noite. Como poderíamos ter dormido? O chão não parava de tremer. Só nos resta rezar para que isso termine e possamos voltar para as nossas casas", disse Nina Shrestha, uma jovem que trabalha no setor das finanças.

As réplicas também provocaram novas avalanches no acampamento base do Everest, segundo montanhistas presentes, logo depois que helicópteros de salvamento evacuaram os feridos da avalanche de sábado, que matou ao menos 18 pessoas.

AFP
Terremoto de magnitude 7.8 e outros menores mataram mais de 3.200 pessoas no Nepal e em países vizinhos - AFP
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Terremoto de magnitude 7.8 e outros menores mataram mais de 3.200 pessoas no Nepal e em países vizinhos - AFP
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O porta-voz do Departamento de Turismo, Tulsi Gautam, informou que há 61 feridos no local.

"Não sabemos suas nacionalidades, mas a maioria deles seriam estrangeiros", disse à AFP Ang Tshering Sherpa, presidente da associação nepalesa de montanhismo.

O Centro nacional de Operações de emergência, baseado em Katmandu, forneceu um novo balanço de 2.430 vítimas fatais, e em torno de 6.000 feridos, no pior terremoto a atingir no Nepal em 80 anos.

Na Índia, as autoridades estimam em 67 o total de falecidos, contra um balanço anterior de 53. A televisão estatal chinesa afirmou, por sua vez, que 18 pessoas morreram na região do Tibete.

Os Estados Unidos anunciaram o envio de equipes de socorro e o desbloqueio de uma primeira parcela de um milhão de dólares.

Especialistas da União Europeia viajarão à zona afetada e Berlim, Londres, Paris e Madri prometeram ajudas, enquanto a Noruega anunciou o desbloqueio de 3,5 milhões de euros.

DEVASTAÇÃO EM KATMANDU - O terremoto bloqueou as estradas da capital e provocou danos no aeroporto internacional, que precisou ser fechado por motivos de segurança.

As comunicações, a eletricidade e a água corrente foram cortadas, indicou a ONG Oxfam, que "se prepara para levar água potável e artigos de primeira necessidade", segundo a diretora de seu escritório no Nepal, Cecilia Keizer.

A Índia evacuou seus cidadãos bloqueados através de aviões militares, enquanto 62 equipes de resgate chinesas chegaram à região com cães treinados.

"Mobilizamos todos os nossos recursos para a busca e o resgate", disse à AFP o porta-voz da polícia nacional do Nepal, Kamal Singh Bam. "Enviamos helicópteros às áreas remotas. Estamos buscando entre os escombros dos edifícios que desabaram para ver se conseguimos encontrar alguém".

Em Katmandu, centenas de edifícios desabaram. A histórica torre Dharahara, uma das maiores atrações turísticas da cidade, não resistiu aos abalos e seus nove andares vieram abaixo deixando uma montanha de escombros.

A chuva deste domingo pode complicar a situação das pessoas afetadas e os trabalhos de resgate.

Enquanto as equipes de salvamento buscavam entre os escombros, muitas com a ajuda de suas próprias mãos, os hospitais estavam lotados.

No hospital Bir, o mais antigo de Katmandu, familiares das vítimas tentavam espantar as moscas dos corpos, que se amontoavam no chão diante da falta de espaço nos necrotérios.

Muitos médicos atendiam os feridos, a maioria com fraturas múltiplas e traumatismos, em tendas de campanha anexas devido à grande quantidade de feridos, mas também porque muitas pessoas tinham medo de entrar no edifício, explicou Samir Acharya, médico do Hospital neurológico Annapurna.

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