Conflito

Ministro sírio cogita operação militar no campo de refugiados de Yarmuk

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 08/04/2015 às 10:08
Leitura:

Yarmuk, o maior campo de refugiados palestinos da Síria, abrigava 160.000 pessoas antes da guerra, iniciada há quatro anos, mas atualmente conta com apenas 18.000 / Foto: AFP

Yarmuk, o maior campo de refugiados palestinos da Síria, abrigava 160.000 pessoas antes da guerra, iniciada há quatro anos, mas atualmente conta com apenas 18.000 Foto: AFP

Uma operação militar é necessária em Yarmuk, em Damasco, depois que grande parte do campo de refugiados palestinos foi tomado pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI), afirmou o ministro sírio da Reconciliação Nacional, Ali Haidar.

"A prioridade é expulsar e vencer os homens armados e os terroristas no campo", disse Haidar após uma reunião com o representante da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Ahmed Majdalani.

"Nas atuais circunstâncias, se impõe uma solução militar. Não foi o Estado que escolheu, e sim os que entraram no local", completou o ministro.

Haidar não revelou detalhes sobre o eventual início da operação militar nem sobre suas características, mas deu a entender que o exército sírio pode participar.

"O Estado sírio decidirá se a batalha exige", respondeu Haidar ao ser questionado se os soldados sírios participariam na operação.

No dia 1 de abril, jihadistas do grupo EI entraram em Yarmuk e assumiram o controle de várias áreas do campo de refugiados, que fica ao sul de Damasco.

A chegada do Estado Islâmico provocou a fuga de milhares de habitantes de Yarmuk para bairros de Damasco controlados pelo governo.

Yarmuk, o maior campo de refugiados palestinos da Síria, abrigava 160.000 pessoas antes da guerra, iniciada há quatro anos, mas atualmente conta com apenas 18.000.

Mais lidas