Avião caiu nos Alpes franceses e matou 150 pessoas Foto: AFP
- Um dos pilotos ficou preso fora da cabine antes de acidente
- Copiloto do Airbus tinha 630 horas de voo, diz Lufthansa
"O copiloto acionou a descida do avião "por uma razão que nós ignoramos totalmente, mas que pode ser analisada como uma vontade de destruir este avião", afirmou o promotor.
Robin disse ainda que Lubitz não estava fichado como terrorista, afirmando que nada leva a pensar que a aeronave foi alvo de atentado. De acordo com o grupo alemão Lufthansa, ao qual pertence a companhia Germanwings, o copiloto tinha 630 horas de voo e foi contratado em setembro de 2013. O comandante, por sua vez, tinha mais de 6 mil horas, com experiência de dez anos.
O voo 9525 saiu de Barcelona, Espanha, com destino a Düsseldorf, Alemanha. Todas as 150 pessoas que estavam a bordo morreram.
Segundo Brice Robin, foi aberta uma investigação por homicídio voluntário: "Quando você está responsável pelas vidas de 150 pessoas, você não chama isso de suicídio, por isso não usei esta palavra."
O avião desceu de 10 a 12 mil metros de altura para 2 mil metros, em cerca de dez minutos, quando bateu nas montanhas. Durante a perda de altitude, não houve qualquer comunicação entre os pilotos e os controladores de tráfego aéreo ou outro sinal de emergência. A investigação aponta que Lubitz respirava até o momento da colisão.
Ainda conforme o promotor Brice Robin, as vítimas não perceberam o acidente "até o último momento". Os investigadores afirmaram que no áudio da gravação da caixa-preta pode-se ouvir a porta da cabine ser esmurrada e os alarmes soando, além do grito dos passageiros, nos segundos finais. "A morte foi instantânea", relatou o promotor.
Nesta quinta-feira, as operações de recuperação dos corpos das vítimas continuam. Vários helicópteros transportam médicos legistas para a área do acidente, assim como investigadores.