Protestos

Hong Kong: estudantes cogitam ocupar prédios do governo

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 28/11/2014 às 9:37
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Grupo cogita ter como alvo as dependências do governo / Foto: AFP

Grupo cogita ter como alvo as dependências do governo Foto: AFP

Perto de completar dois meses, os protestos pró-democracia de estudantes de Hong Kong, no distrito de Mong Kok, devem seguir nova estratégia. A ideia, agora, segundo alguns líderes ouvidos, é deixar as ruas para ocupar os prédios do governo, como forma de dar mais força às manifestações.

Yvonne Leung, porta-voz dos manifestantes, disse nesta quinta-feira que o grupo cogita ter como alvo as dependências do governo, mas não deu mais detalhes. A intenção surge uma semana depois de um pequeno grupo de manifestantes ter falhado na tentativa de invadir o edifício do Conselho Legislativo da região. Eles chegaram a quebrar janelas e foram condenados pelo vandalismo.

Dois dos líderes dos protestos, Joshua Wong e Lester Shum, foram liberados pela polícia após pagamento de fiança. Cada um desembolsou cerca de US$ 64,50. Ainda assim, eles não estão autorizados a entrar em certas áreas do distrito de Monk Kog, até o próximo dia 14 de janeiro de 2015. Ambos foram acusados de obstruir funcionários públicos na execusão de seu dever.

No segundo dia de operações de limpeza dos três locais de protesto, a polícia removeu rapidamente as barricadas de metal, barracas e outros objetos de Mong Kok, um bairro operário onde já ocorreram confrontos entre manifestantes e policiais.

Muitos manifestantes se dispersaram, mas uma boa quantidade enfrentou dezenas de policiais numa rua lateral, determinados a esperar partidários que, esperam, se unam a eles durante a noite após saírem da escola ou do trabalho.

Mong Kok tem sido o local onde se concentram os grupos de manifestantes mais desordeiros e violentos. Esforços anteriores de desmantelar o acampamento na região não deram certo e só atraíram ainda mais pessoas para as ruas.

O porta-voz da polícia, Steve Hui, disse que um total de 148 pessoas foram detidas, dentre elas 55 por desrespeito a uma ordem judicial ou por obstruir o trabalho de oficiais que levavam a ordem do tribunal que tratada da retirada do acampamento em dois dias.

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