Nadim Nuwara, de 17 anos, foi morto em um protesto ocorrido em maio. Foto: Divulgação
A justiça israelense anunciou neste domingo (23) o início de um processo por homicídio culposo contra um policial suspeito de matar a tiros um jovem palestino durante um protesto em maio na Cisjordânia ocupada.
O guarda de fronteira, de uma unidade subordinada à Polícia, foi preso em meados de novembro após uma investigação aberta pela morte de Nadim Nuwara, de 17 anos.
O jovem morreu no dia 15 de maio em Beitunia durante um protesto contra a criação do Estado de Israel, em 1948, e pela tragédia dos refugiados palestinos. Outro palestino, Mohamad Udeh, de 16 anos, também morreu nesse mesmo dia durante o ato.
Após sua detenção, o advogado do guarda de fronteira disse que seu cliente negava ter utilizado munição real. O Exército israelense afirmou posteriormente que os soldados haviam usado "meios antidistúrbios e balas de borracha".
A família de Mohamad Udeh não autorizou a realização da necropsia. Mas uma equipe de especialistas forenses composta por dois israelenses, um palestino, um dinamarquês e um americano, examinou o corpo de Nadim Nuwara.
Todos os especialistas concluíram que a vítima havia morrido atingida por munição real, declarou em junho Sarit Michaeli, da ONG israelense B'Tselem, que solicitou a necropsia junto a outras organizações de direitos humanos.