Egito

Bomba explode em frente à Universidade do Cairo e fere 9 pessoas

Mariana Campello
Mariana Campello
Publicado em 22/10/2014 às 19:24
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Uma bomba explodiu nesta quarta-feira em frente à Universidade do Cairo, no centro da capital egípcia, deixando pelo menos nove feridos, cinco policiais e quatro civis - anunciou a polícia.

O grupo jihadista Ajnad Misr, que se diz ligado à rede Al-Qaeda, reivindicou a autoria do atentado em sua conta no Twitter. O ataque teria sido cometido em represália à repressão lançada contra os estudantes pelo novo governo.

Recentemente, o grupo anunciou seu "apoio" ao Estado Islâmico (EI).

O artefato - "de confecção rudimentar", segundo um oficial da polícia - explodiu à tarde, na entrada da universidade, último reduto da contestação ao regime do presidente Abdel Fattah al-Sissi.

A bomba explodiu a alguns metros do local, onde um artefato parecido matou um general da polícia em abril passado. Nesta quarta, um outro general, subchefe de polícia do bairro, estava entre os feridos.

A instituição se encontra sob forte esquema de vigilância, com dezenas de policiais do Batalhão de Choque e blindados permanentemente estacionados no local. As manifestações pró-Mursi na universidade têm sido, com frequência, reprimidas de forma violenta.

O Egito é palco de uma onda de ataques contra forças de segurança desde que os militares, então sob o comando de Al-Sissi, depuseram e prenderam o presidente islamita Mohamed Mursi, em julho de 2013.

Esses ataques são geralmente reivindicados por grupos jihadistas, em reação à sangrenta repressão das novas autoridades egípcias aos partidários de Mursi.

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