Voto universal

Estudantes de Hong Kong boicotam aulas em protesto contra Pequim

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 22/09/2014 às 8:42
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Milhares de estudantes de 25 universidades e escolas de Hong Kong devem faltar as aulas durante a semana / Foto: AFP

Milhares de estudantes de 25 universidades e escolas de Hong Kong devem faltar as aulas durante a semana Foto: AFP

Milhares de estudantes pretendem faltar as aulas entre segunda-feira (22) e sexta-feira (26) em Hong Kong para protestar contra a decisão de Pequim de limitar o alcance do voto universal na ex-colônia britânica.

A China, que recuperou Hong Kong em 1997, anunciou em agosto que o futuro chefe do Executivo local será eleito por sufrágio universal a partir de 2017, mas que apenas dois ou três candidatos selecionados por um comitê poderão disputar a votação.

Uma coalizão de movimentos pró-democracia, liderada pelo grupo Occupy Central, organiza uma campanha desde então para denunciar o que muitos cidadãos do território consideram um controle cada vez maior de Pequim sobre as questões locais.

Mesmo sem esperanças de sucesso, os militantes, estudantes, funcionários públicos, sindicalistas, parlamentares e cidadãos anônimos, prometeram uma "era de desobediência civil" para tentar influenciar a posição da China.

Milhares de estudantes de 25 universidades e escolas de Hong Kong devem faltar as aulas durante a semana. Desta forma esperam fortalecer o movimento democrático, apesar do líderes da campanha terem reconhecido recentemente que não existe a probabilidade de obter um recuo da China.

De acordo com uma pesquisa recente, mais de 20% dos moradores de Hong Kong estariam dispostos a emigrar, enquanto aumenta o pessimismo sobre a independência política da ex-colônia britânica.

Na pesquisa, realizada pela Universidade Chinesa de Hong Kong, em uma escala de 0 a 10, com 0 para "extremamente pessimista", a média das respostas recebeu nota 4,22.

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