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Líder dos separatistas escoceses admite derrota

Renata Dorta
Renata Dorta
Publicado em 19/09/2014 às 12:20
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Onipresente nas ruas, na imprensa, nos comícios e nas redes sociais, Salmond, de 59 anos, lutou até o último momento para tentar obter a vitória do

Onipresente nas ruas, na imprensa, nos comícios e nas redes sociais, Salmond, de 59 anos, lutou até o último momento para tentar obter a vitória do 'sim' à independência. Foto: Ben Stansall / AFP

O líder do movimento de independência da Escócia, Alex Salmond, reconheceu nesta sexta-feira (19) a derrota no referendo de quinta-feira, pouco depois do anúncio dos resultados oficiais.

"É importante dizer que nosso referendo foi um processo acordado e consensual, e a Escócia decidiu por maioria que neste momento não será um país independente", afirmou Salmond, chefe do Governo autônomo escocês, para simpatizantes em Edimburgo.

"Aceito o veredicto das urnas e peço a toda a Escócia que faça o mesmo e aceite o veredicto democrático do povo", completou, emocionado, o homem para quem o referendo de independência representava o combate de toda uma vida e que liderou uma campanha apaixonada a favor do 'sim' nos últimos meses.

Onipresente nas ruas, na imprensa, nos comícios e nas redes sociais, Salmond, de 59 anos, lutou até o último momento para tentar obter a vitória do 'sim' à independência.

Diante dos partidários, recordou os compromissos feitos pelo primeiro-ministro britânico David Cameron, seus aliados liberal-democratas e a oposição trabalhista. Os três grandes partidos da Inglaterra prometeram mais poderes ao Parlamento regional escocês, especialmente na área fiscal, caso a Escócia votasse contra a independência.

"Os partidos unionistas se comprometeram no final da campanha a dar mais poderes à Escócia. E a Escócia espera que estes compromissos sejam cumpridos rapidamente", declarou Salmond, que, apesar de não ter conquistado a independência para a região, conseguirá uma autonomia reforçada.

Os resultados definitivos do referendo mostram que 55,3% dos escoceses votaram contra a independência do país do Reino Unido e 44,7% a favor.

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