Onipresente nas ruas, na imprensa, nos comícios e nas redes sociais, Salmond, de 59 anos, lutou até o último momento para tentar obter a vitória do 'sim' à independência. Foto: Ben Stansall / AFP
O líder do movimento de independência da Escócia, Alex Salmond, reconheceu nesta sexta-feira (19) a derrota no referendo de quinta-feira, pouco depois do anúncio dos resultados oficiais.
"Aceito o veredicto das urnas e peço a toda a Escócia que faça o mesmo e aceite o veredicto democrático do povo", completou, emocionado, o homem para quem o referendo de independência representava o combate de toda uma vida e que liderou uma campanha apaixonada a favor do 'sim' nos últimos meses.
Onipresente nas ruas, na imprensa, nos comícios e nas redes sociais, Salmond, de 59 anos, lutou até o último momento para tentar obter a vitória do 'sim' à independência.
Diante dos partidários, recordou os compromissos feitos pelo primeiro-ministro britânico David Cameron, seus aliados liberal-democratas e a oposição trabalhista. Os três grandes partidos da Inglaterra prometeram mais poderes ao Parlamento regional escocês, especialmente na área fiscal, caso a Escócia votasse contra a independência.
"Os partidos unionistas se comprometeram no final da campanha a dar mais poderes à Escócia. E a Escócia espera que estes compromissos sejam cumpridos rapidamente", declarou Salmond, que, apesar de não ter conquistado a independência para a região, conseguirá uma autonomia reforçada.
Os resultados definitivos do referendo mostram que 55,3% dos escoceses votaram contra a independência do país do Reino Unido e 44,7% a favor.