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Partido eurocético surpreende nas eleições da Alemanha

Renata Dorta
Renata Dorta
Publicado em 31/08/2014 às 18:28
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Apesar do partido eurocético crescer nas eleições estaduais, Stanislaw Tillich, principal candidato do partido conservador União Democrata Cristã levou a posição no estado da Saxônia. / Foto: Jens Wof/ AFP

Apesar do partido eurocético crescer nas eleições estaduais, Stanislaw Tillich, principal candidato do partido conservador União Democrata Cristã levou a posição no estado da Saxônia. Foto: Jens Wof/ AFP

O partido eurocético que se apresenta como uma alternativa para a Alemanha conquistou suas primeiras cadeiras em um parlamento estadual do país neste domingo, alcançando inesperados 10% dos votos nas eleições regionais. O partido insurgente, conhecido pelas suas iniciais em alemão AfD, conseguiu 14 vagas nas votações do Estado da Saxônia, de acordo com resultados preliminares.

O partido cristão democrático  de centro-direita da chanceler alemã (CDU), Angela Merkel, levou a maior fatia da eleição, com 39,5% dos votos, em linha com o último resultado, de 2009. "A confiança das pessoas em nós é um super resultado e uma honra para os próximos cinco anos", disse o primeiro-ministro nomeado pela sigla para o Estado, Stanislaw Tillich.

As pesquisas de opinião já previam a vitória confortável do partido conservador de Merkel, mas o AfD superou as expectativas de que conseguiria cerca de 7% dos votos. Os resultados mostram que o partido oposicionista conseguiu levar boa parte do apoio que recebeu nas eleições europeias deste ano para o nível estadual, onde o voto de protesto é tradicionalmente mais incomum.

O sucesso dos eurocéticos veio às custas dos Democratas Livres pró-mercado, que conseguiram cerca de 4% dos votos - uma queda de quase seis pontos porcentuais na comparação com a eleição de 2009 e um resultado abaixo dos 5% necessários para se conseguir espaço no Parlamento estadual.

Além da plataforma contrária à zona do Euro, a campanha do AfD no Estado abordou questões de lei e ordem, como a segurança da fronteira alemã contra crimes, que é uma prioridade para a população da Saxônia, que faz fronteira com a Polônia e a República Tcheca.

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