Investigações

Denúncias sobre ex-médico levaram polícia até o Líbano

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 20/08/2014 às 11:23
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Líbano informou à Interpol que o foragido não havia entrado no território / Foto: AFP

Líbano informou à Interpol que o foragido não havia entrado no território Foto: AFP

Durante os três anos e sete meses em que permaneceu foragido, não faltaram denúncias de que o ex-médico Roger Abdelmassih, de 70 anos, havia sido visto em diferentes cidades do Brasil e do exterior. Algumas não passaram de alarme falso, outras simplesmente não tiveram a veracidade comprovada.

Cerca de quatro meses após a fuga, a polícia acreditava que o ex-médico havia viajado para o Paraguai, depois se deslocado para o Uruguai, onde teria obtido passaporte falso e, então, seguido para o Líbano, terra natal de seus pais. 

A notícia chegou a preocupar as autoridades brasileiras porque, se fosse confirmada, significaria uma dificuldade adicional em trazer o ex-médico para a prisão. Isso porque o país do Oriente Médio não tem acordo de extradição com o Brasil. No entanto, o Líbano informou à Interpol que o foragido não havia entrado no território.

Em dezembro de 2012, a Polícia Civil apurou denúncia de que o ex-médico tinha sido reconhecido por um fotógrafo na padaria Bread & Co, na Rua Lourenço de Almeida, na Vila Nova Conceição, bairro de classe alta da zona sul da capital paulista. Após a divulgação das imagens do circuito interno de segurança, entretanto, descobriu-se que tudo não passou de um engano. O sobrinho do homem parecido com Abdelmassih identificou o tio - que morava nos Estados Unidos e estava de passagem por São Paulo - na televisão e esclareceu o caso.

No mesmo ano, Abdelmassih teria aparecido em restaurante de Olinda, em Pernambuco. 

Já em 2013, uma brasileira teria flagrado o ex-médico em Los Angeles. Há ainda denúncias de que ele teria passado por Paris e Mônaco. As últimas pistas indicavam que Abdelmassih e a mulher tinham passado por Jaboticabal, no interior de São Paulo.

CAMPANA - No dia em que a prisão foi decretada, em 2011, o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil fez campana na frente da casa do ex-médico no Jardim Paulista, zona sul. Parentes e amigos de Abdelmassih também foram investigados, mas nenhum indício foi achado.

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