Desde o início da ofensiva de Israel, há 22 dias, os bombardeios contra a Faixa de Gaza já mataram 1.099 palestinos Foto: Marco Longari / AFP
Os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza mataram treze palestinos nas primeiras horas desta terça-feira (horário local), incluindo sete mulheres e quatro crianças, informaram fontes médicas.
"Sete pessoas, sendo cinco mulheres e uma criança, foram mortas em um bombardeio que destruiu um prédio de três andares em Rafah", no sul da Faixa de Gaza, informou Ashraf al-Qudra, porta-voz dos serviços de emergência.
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No campo de refugiados de Bureij, no centro da Faixa de Gaza, disparos da artilharia de Israel mataram mais seis palestinos, "incluindo três crianças e duas mulheres, e outras 15 pessoas ficaram feridas" na manhã de terça, segundo Al-Qudra.
Na segunda-feira (28), cinco palestinos morreram em um bombardeio israelense contra Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, segundo Ashraf al-Qudra.
O bombardeio atingiu os arredores da Universidade Islâmica, e entre os cinco mortos há quatro membros de uma mesma família. O ataque também deixou 20 feridos.
Israel intensificou seus ataques na madrugada desta terça-feira contra a cidade de Gaza, especialmente sobre o bairro da Universidade Islâmica, constatou a AFP.
Por volta das 19H15 (13H15 Brasília), Israel conclamou a população civil a abandonar certas zonas da cidade de Gaza "imediatamente", antecipando os bombardeios.
Durante a segunda-feira, 47 corpos deram entrada nos necrotérios da Faixa de Gaza: 31 palestinos mortos nos bombardeios desta segunda e 12 retirados de escombros. Outros quatro palestinos faleceram no hospital após seu resgate de escombros.
Desde o início da ofensiva de Israel, há 22 dias, os bombardeios contra a Faixa de Gaza já mataram 1.099 palestinos.
Israel também sofreu baixas na segunda-feira. Quatro militares - tripulantes de tanque - foram mortos por um tiro de morteiro ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, e outro soldado caiu em combate no território palestino.
No total, o Exército hebreu já perdeu 48 soldados, o maior número de baixas desde a guerra contra o Hezbollah libanês, em 2006.
Três civis israelenses foram mortos por disparos de foguetes da Faixa de Gaza.