Conflito

Al-Jazeera esvazia escritório em Gaza depois de ser atacada

Renata Dorta
Renata Dorta
Publicado em 22/07/2014 às 14:02
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Foto tirada nesta terça, na fronteira de Gaza israelense,  mostra fumaça no enclave palestino bombardeios por parte do exército israelense / Foto: Menahem Kahana / AFP

Foto tirada nesta terça, na fronteira de Gaza israelense, mostra fumaça no enclave palestino bombardeios por parte do exército israelense Foto: Menahem Kahana / AFP



A rede de televisão Al-Jazeera esvaziou seu escritório em Gaza depois de ser alvo de tiros na terça-feira (22), declarou esta emissora com sede no Catar, que responsabilizou Israel pela segurança de seus funcionários.

"Dois disparos muito precisos foram disparados contra nosso imóvel", declarou a jornalista da Al-Jazeera em Gaza, Stefanie Dekker, citada pelo site em inglês da rede.

O escritório se situa no décimo primeiro andar de um edifício situado no centro da cidade de Gaza, que abriga meios de comunicação locais e internacionais, assim como apartamentos.

Gali Tibbon/ AFP
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pede fim de conflito durante encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta terça (22). - Gali Tibbon/ AFP
Abbas Momani / AFP
Mulher olha caixões simulados preparados por manifestantes antes de levá-los para a sede da ONU, na Cisjordânia, em memória aos palestinos mortos - Abbas Momani / AFP
Menahem Kahana/ AFP
Foto da fronteira de Gaza israelense mostra fumaça no enclave palestino costeiro durante bombardeios desta terça-feira (22) - Menahem Kahana/ AFP
Marco Longari/ AFP
Paramédicos levam bebê de seis meses para o hospital Kamal Adwan, em Gaza, depois que ele foi ferido em um ataque israelense desta terça-feira (22) - Marco Longari/ AFP


Os funcionários da rede e várias famílias palestinas, que encontraram refúgio após os bombardeios israelenses de domingo em Shejaiya, esvaziaram o edifício.

A rede do Catar declarou ser vítima de uma campanha hostil em Israel por sua cobertura dos ataques aéreos israelenses contra a população civil na Faixa de Gaza, que deixou mais de 600 palestinos mortos desde o dia 8 de julho.

Em seu site, a Al-Jazeera cita o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, que defendeu na segunda-feira que a rede de televisão seja impedida de trabalhar em Israel, já que "não realiza um trabalho jornalístico, mas uma lavagem cerebral". O Catar, próximo ao movimento islamita Hamas, financia a Al-Jazeera.

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