decisão

Justiça do Texas devolve filha de pernambucana ao pai acusado de abuso sexual

NE10
NE10
Publicado em 02/04/2014 às 22:01
Leitura:

Após audiência nesta quarta-feira (2), no Texas, nos Estados Unidos, a pequena Amy Katrin, de seis anos, filha da pernambucana Karla Janine, foi levada de volta para o estado da Flórida, onde mora o pai, Patrick Joseph Galvin, acusado pela ex-companheira de abusar sexualmente da criança.

A menina, que desde janeiro morava com uma família provisória, sob a custódia do estado do Texas, foi levada por um representante da Justiça da Flórida. A família da pernambucana lamenta a situação e alega que a transferência de Amy para a região onde o pai mora caracteriza-se como um perigo para a integridade da menina.

LEIA MAIS

» Filha de pernambucana volta para casa do pai acusado de abusá-la
» Pernambucana presa no Texas é liberada
» Ministro das Relações Exteriores recebe mãe de pernambucana
» Petição online pressiona justiça dos EUA
» Itamaraty concede registro de dupla cidadania para criança
» OAB-PE promete ajudar pernambucana
» Pernambucana foge com filha e acaba presa nos EUA

A ordem para Amy ser transferida foi assinada pelo juiz F. Shields McManus, de Stuart/Flórida, o mesmo que concedeu a guarda total da filha a Patrick Galvin. A mãe, Karla Janine, perdeu a guarda da filha depois de ser presa, acusada depois de fugir com a filha. A pernambucana tomou a decisão após o processo de abuso sexual contra o ex-marido ter sido arquivado, mesmo, segundo ela, com a apresentação de laudos do Department of Children and Families (DCF), espécie de conselho tutelar, e do parecer de um psicólogo confirmando o abuso sexual.

SEM ADVOGADO - Ao contrário do que informou o Itamaraty em nota enviada ao Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, Karla afirma que nunca teve defensor público. No Texas, amigos da pernambucana contrataram uma advogada, cujos honorários foram pagos com dinheiro arrecadado com campanhas e doações. Na Flórida, no entanto, o processo segue à sua revelia, uma vez que a pernambucana ainda não conseguiu profissionais que atuassem 'pro bono' (gratuito).

Enquanto a representante consular em Houston, Alba Viana, mantém contatos frequentes com Karla e presta todo apoio que cabe ao Itamaraty, a pernambucana acusa a repartição consular em Miami de permanecer alheia ao caso. 'Após muitos dias sem dar notícias, o representante consular em Miami veio com discursos desencontrados sobre o andamento do processo', disse.

DOAÇÕES - Contribuições podem ser feitas por meio de depósito na conta da mãe de Karla, Kátia Sarmento Martins de Albuquerque (Banco Bradesco, agência 3201-8 / CC 0174551-4). Uma petição online no Change.org para pressionar a justiça norte-americana também foi criada e hoje conta com cerca de 14.500 assinaturas.

ENTENDA O CASO NESTA LINHA DO TEMPO:


Mais lidas