O Senado dos Estados Unidos confirmou definitivamente nesta terça-feira (26) Chuck Hagel, 66 anos, como secretário da Defesa, após uma batalha legislativa pouco frequente na história do país.
A nomeação de Hagel foi aprovada por 58 votos contra 41, após a minoria republicana decidir suspender seu bloqueio à indicação.
Hagel poderá assumir suas funções a partir desta quarta-feira, no lugar do secretário Leon Panetta.
Ao saudar a confirmação de Hagel, o presidente Barack Obama destacou que "foi apoiada por ambos os partidos". "Com Hagel contaremos com o secretário de Defesa que o país precisa e com o comandante que nossos soldados merecem".
O próprio Hagel se disse "honrado" com a confirmação e manifestou seu desejo de esquecer a amarga batalha política no Capitólio. "Trabalharei estreitamente com o Congresso para manter as forças armadas mais fortes do mundo e seguir protegendo esta grande nação".
Para Obama, a rápida chegada de Chuck Hagel ao governo é fundamental no momento em que o país acelera sua retirada do Afeganistão e o Pentágono enfrenta profundos cortes de gastos.
A escolha de Hagel por Obama provocou uma batalha legislativa raramente vista no Congresso. Em geral, os candidatos a cargos ministeriais são aprovados por ampla maioria.
Ex-senador republicano com grande reputação e ligado a Obama quando ambos estavam no Senado, Hagel foi criticado por suas declarações sobre a influência do lobby judeu em Washington e sobre a oportunidade de fortalecer as sanções contra o Irã.
Hagel também fez oposição ao então presidente republicano George W. Bush e ao próprio partido em relação à guerra no Iraque.
Veterano da guerra do Vietnã e reticente em envolver as forças americanas em conflitos, a missão principal de Hagel será reduzir o tamanho do Pentágono.
Aos 66 anos, Hagel é um adepto da linguagem direta, tem espírito independente e não esconde suas posições.
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