Paulo Sales tenta incriminar Jorge e ressaltar que Isabel participou do crime por amor a ele Foto: Luiz Pessoa/ NE10
"Uma pessoa que só, sem mais ninguém, é um tormento para si". Foi o que disse o advogado Paulo Sales, defensor de Isabel Cristina, 53 anos, ré no caso dos "canibais de Garanhuns", durante segundo dia de julgamento em Olinda, Grande Recife, nesta sexta-feira (14). O representante usou como estratégia explorar a suposta dependência emocional da acusada em relação a Jorge Beltrão, 51, seu ex-marido por mais 30 anos e também réu no processo. O advogado tentou incriminá-lo e ressaltar que Isabel participou do crime por amor a ele. Enquanto isso, ela chorava e tremia, mantendo a cabeça baixa.
No início da sua fala de 50 minutos, o advogado fez uma análise do comportamento de Jorge, considerado por ele violento, com poder de liderança e de dominação. Paulo Sales relembrou ainda que Bruna Cristina, 28, a última ré, declarou nessa quinta (13), no seu interrogatório, ter sido agredida pelo acusado algumas vezes.
Com esse argumento, chegou à sua tese: de sugerir que, como acontece na Síndrome de Estocolmo, Isabel teria se afeiçoado ao seu agressor. "Essa senhora abdicou da própria estima em favor dele. Enquanto era acusação contra ela, ficava calada. Quando era com Jorge, balançava a cabeça e dizia não. Vejam a entrega", afirmou.
O advogado tentou convencer os jurados de que houve coação moral irresistível; Isabel sendo influenciada pelo acusado para cometer o crime. "A defesa não nega que houve participação. Levou Jéssica para casa inicialmente com a intenção de criar a filha da vítima", exemplificou. "Como ela iria se desligar de Jorge sem ser uma vítima", disse ainda. Dessa forma, pediu que fosse excluída a culpa dela pelo assassinato, pelo esquartejamento e ocultação do cadáver de Jéssica.
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