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Após assembleia, servidores do Detran-PE decidem não entrar em greve

Mayra
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Publicado em 20/05/2016 às 11:27
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A assembleia foi realizada na sede do órgão, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife / Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal

A assembleia foi realizada na sede do órgão, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal

Não vai ter greve. Esta foi a decisão dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) após assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (20), na sede do órgão, que fica no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife. A categoria havia decidido, nessa quinta, fazer uma paralisação de advertência por 24h, mas resolveu aceitar o reajuste salarial de 12% oferecido pelo órgão. Com a decisão, as atividades voltam ao normal na próxima segunda-feira (23). 

"Resolvemos aceitar o reajuste de 12% e vamos dar até a próxima sexta-feira para que o governador sancione a lei e autorize o pagamento da folha extra", declarou Alexandre Bulhões, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-PE (Sindetran). A assembleia desta sexta foi convocada porque, segundo a categoria, o acordo firmado para a finalização da greve ocorrida entre os dias 4 de março e 7 de maio deste ano não havia sido cumprido.

Após negociações, os servidores conseguiram o aumento de R$ 100 no vale alimentação e aceitaram o reajuste de 12%, que foi enviado pelo Detran-PE nessa quinta para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Em entrevista à Rádio Jornal, Alexandre declarou que alguns pontos do acordo assinado em agosto de 2015 ainda precisam ser avaliados. "Um deles é o pagamento de gratificação para os examinadores do pátio, lei que não é cumprida desde 2008, o pagamento da insalubridade para o vistoriador, são alguns pontos", comentou. 

Além disto, também fica pendente a contratação permanente do plano de saúde. O reajuste pedido inicialmente pela categoria era de 32,85%, mas o acordo feito no fim da greve foi de que seria dado um reajuste de 3% e seria corrigida a distorção na tabela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) em até 18%, o que geraria um aumento de 21% para a maioria dos trabalhadores. 

A última greve dos servidores durou quase um mês e chegou a ser considerada ilegal pela Justiça de Pernambuco. Na época, foi estabelecida uma multa por dia em que a decisão não fosse cumprida e o desembargador Marco Maggi chegou a determinar o bloqueio de R$ 2.320.000 da associação e do sindicato que representam a categoria época. 

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