Greve dos servidores do Detran-PE chega ao fim após um mês de paralisação

Após mais de um mês de paralisação, a greve dos servidores do Detran-PE chegou ao fim na manhã desta quinta-feira (7). A decisão foi tomada em assembleia da categoria, realizada na sede do órgão. Os servidores chegaram a um acordo com a presidência do Detran-PE no que diz respeito a reajustes salariais e ao vale alimentação. 

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Os serviços começam a ser normalizados a partir desta sexta-feira (8). A diretoria do Detran-PE ainda não tem um programa de reposição de serviços que foram perdidos por quem precisou do órgão e foi prejudicado pela greve. 

Segundo o Sindicato dos Servidores do Detran de Pernambuco (Sindetran-PE), cerca de 500 atendimentos deixaram de ser realizados pelo órgão durante os dias de paralisação. A categoria entrou em acordo com o Governo do Estado e conquistou um reajuste no vale alimentação de R$ 154 para R$ 254. 

Os servidores ainda reivindicam um reajuste salarial de 33,25%, plano de cargos e a contratação de um plano de saúde. De acordo com o Sindetran-PE, o fim da greve era condição exigida pelo poder público para voltar a negociar. Representantes do Governo do Estado e da categoria voltam a negociação nesta sexta-feira.

A paralisação dos servidores do Detran-PE começou no dia 4 de março, sendo considerada ilegal pela Justiça de Pernambuco. Inicialmente foi estabelecida uma multa de R$ 30 mil por dia em que a decisão não fosse cumprida, passando para R$ 80 mil diários. O desembargador Marco Maggi chegou a determinar o bloqueio de R$ 2.320.000 da associação e do sindicato que representam a categoria.

REIVINDICAÇÕES - Os trabalhadores têm três reivindicações principais. Eles reclamam que nenhum reajuste salarial foi dado no ano passado e afirmam ter perdas de mais de 30% nos últimos dez anos. A conta não bate com a do Detran-PE, no entanto, que afirma que, no mesmo período, houve um acréscimo de 88% acima da inflação.

Além disso, se queixam sobre o plano de cargos e carreiras. Os servidores reconhecem que o acordo de reclassificar 366 deles foi cumprido no fim do ano passado, mas se queixam que não houve, até agora, o pagamento dos valores retroativos a março. A última reivindicação é sobre o plano de saúde. De acordo com o presidente do sindicato, o edital para contratar a empresa deveria ter sido lançado em agosto do ano passado, mas isso não foi feito até agora.