Grupo de concentra na Avenida Cais do Apolo, em frente à PCR Foto: Monitoramento CTTU
O ato começou por volta das 10h50, bloqueando a via inicialmente apenas em direção ao Cais da Alfândega, mas logo depois fechando os dois sentidos. O protesto só acabou mais de duas horas e meia depois. O trânsito na área central do Recife ficou muito complicado por causa da mobilização.
Mais cedo, os manifestantes interditaram a Avenida Agamenon Magalhães, na altura de Campo Grande, na Zona Norte. O protesto durou cerca de meia hora e complicou o trânsito na via, que é a de maior fluxo.Moradores de pelo menos três comunidades do Recife fizeram parte da mobilização. "Estamos protestando por causa da ausência de uma política de habitação popular no Recife. Hoje, os movimentos sociais têm condições de acessar recursos, mas não há vontade política da prefeitura nem do Estado para os projetos", reclamou o coordenador da Organização de Luta dos Movimentos Populares (OLMP), que organizou o protesto junto com o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
Durante o ato, cerca de 30 pessoas ocuparam o nono andar do edifício, onde fica o gabinete do prefeito Geraldo Julio (PSB), e usaram apitos para protestar. Uma comissão de 10 pessoas foi recebida por representantes da gestão, como o secretário de Governo, Sileno Guedes (PSB). Segundo a pasta, foi pedido aos manifestantes que desbloqueassem a via durante a reunião. Porém, o bloqueio continuou.
Estão entre os manifestantes moradores da Comunidade do Plástico, em Campo Grande, na Zona Norte, atingida por um incêndio há oito meses. Segundo Araújo, o auxílio-moradia tem sido pago há três meses pelo Governo do Estado, mas não há projetos definitivos. "As pessoas estão sendo penalizadas", lamentou.
De acordo com um levantamento da OLMP, há um déficit habitacional de cerca de 200 mil moradias populares no Recife atualmente.