Faixa Azul só deve ser usada por ônibus e táxis Foto: Amanda Miranda/JC Trânsito
A nova faixa foi pintada na semana passada, entre as ruas Marcos André e José Osório, totalizando 1,5 quilômetro em que apenas ônibus e táxis, com ou sem passageiros, podem circular.
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Inicialmente, a orientação dos motoristas e a fiscalização serão feitas apenas pelos agentes de trânsito. Porém, no primeiro dia, o JC Trânsito foi da José Osório até a Rua Conde de Irajá e não viu sequer um guarda, apenas um "amarelinho".
A presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Taciana Ferreira, espera que os equipamentos de fiscalização eletrônica cheguem até o fim do ano. Devem ser instalados lá cinco radares, a custo mensal de R$ 3.080, cada um. "Antes da fiscalização eletrônica, é preciso conscientização", defende.
O investimento para implantar essa Faixa Azul foi de R$ 50 mil. Os recursos foram gastos na pintura da faixa e na instalação de placas. "Não é caro", diz Taciana Ferreira.
Motoristas reclamam do trânsito, mas trânsito já era complicado antes do corredorFoto: Amanda Miranda/JC Trânsito
O objetivo é dar prioridade ao transporte coletivo, com aumento da velocidade média e redução dos tempos de viagem. A expectativa é que o resultado seja de 20 a 22%, como nas outras três faixas da cidade - na Mascarenhas de Moraes, na Herculano Bandeira/Domingos Ferreira e na Cosme Viana.
"Por aqui, passam 22 mil carros por dia, cada um levando um ou dois passageiros. Os ônibus levam 50, 60 pessoas e são dez linhas. Estamos beneficiando diretamente a maioria das pessoas", afirma a presidente da CTTU.
O farmacêutico Breno Araújo, morador da Torre, concorda com a medida. "Tem que priorizar o transporte coletivo mesmo. Assim, quem sabe não dá uma força para o pessoal deixar o carro em casa e pegar ônibus? Mas também tem que investir no transporte, porque atualmente só temos superlotação e insegurança", pondera. Esse também é um desejo de outros passageiros que usam a Real da Torre.