Moradores reclamam da estrutura da ponte. Há locais em que o parapeito caiu Foto: Alexandre da Silva via comuniQ
"Não é só às 7h. Tem trânsito ao meio-dia, às 10h, às 22h. Um absurdo", reclama Luiz Fabiano. "A estrutura é muito precária. Não entendo por que o governo não tem prioridade para essa área. É mais que urgente a duplicação da ponte", acrescenta.
O projeto para tentar melhorar a mobilidade no Janga até foi feito pela Prefeitura de Paulista e entregue ao Governo do Estado, que está analisando os documentos para assinar um convênio com a gestão municipal.
Colunas estão desgastadasFoto: Rogerio Alves/Facebook
A manutenção da ponte, aliás, é um dos principais problemas para quem a usa diariamente. Não são raras as denúncias recebidas pelo Twitter @jctransito sobre o desgaste das colunas, por exemplo. Apesar disso, o Departamento de Estradas de Rodagens (DER) garante que não há risco de desabamento. Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o órgão afirmou que uma equipe será enviada ao local para analisar a estrutura.
Mas estão na lista de reclamações também os buracos. "Tem ferragem descoberta e alguns trechos estão sem o parapeito, isso sem falar nas condições da pista, cheia de buracos", afirmou, pelo Twitter, a universitária Kananda Correia, 18. O DER prometeu realizar uma operação tapa-buracos, mas só após o período de chuvas. Até lá, o suplício para sair do Janga vai continuar.
RODOVIA - A segunda fase do projeto prometido inclui, além das duas pontes, a duplicação da Avenida Cláudio Gueiros Leite, na PE-001, desde a ponte até a entrada do Conjunto Beira Mar, também no Janga, um trecho de aproximadamente 3,5 quilômetros. Atualmente, devido aos problemas no elevado, a via é travada constantemente.
Congestionamentos são constantes no JangaFoto: @luizfabianofoto/Twitter
ORÇAMENTO - Dos 16 milhões orçados para o novo projeto, desacreditado por Luiz Fabiano, R$ 14,4 milhões são do governo estadual. Segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão, o dinheiro já está disponível, aguardando apenas a assinatura do convênio. A contrapartida da prefeitura é de R$ 1,6 milhão.
A Secretaria de Infraestrutura de Paulista prevê que a ordem de execução seja assinada ainda no segundo semestre deste ano. Depois disso, ainda deverá ser feita a licitação para escolher a empresa responsável pela obra, um processo que costuma durar meses.
Até lá, a outra opção do jornalista, que é seguidor do Twitter @jctransito, é sair de Paulista pela PE-22, também cheia de buracos. "Também teria a Via Metropolitana Norte, que virou utopia, lenda", afirma. Anunciada em 2013 como a solução para o moroso tráfego entre Olinda e Paulista, está em ritmo lento e envolta numa pendenga jurídica que pode atrasar ainda mais sua conclusão. No caso dessa obra, tudo deveria ficar pronto até o início do próximo ano, o que é pouco provável que aconteça.