Violência

Dois trens são apedrejados e maquinistas do metrô do Recife param

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 18/07/2015 às 14:16
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Janelas dos trens foram quebradas / Foto: Sindicato dos Metroviários/Divulgação

Janelas dos trens foram quebradas Foto: Sindicato dos Metroviários/Divulgação

Os maquinistas do metrô do Recife decidiram parar as atividades neste sábado (18) depois que dois trens foram apedrejados na área central da cidade. Porém, o modal continua circulando normalmente. Com a paralisação dos profissionais, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) colocou os supervisores de maquinistas para trabalhar. Houve também uma briga na estação Barro, na Zona Oeste, envolvendo torcedores do Santa Cruz e do Sport, mas ninguém se feriu.

Todas as estações continuam abertas, apesar da decisão do Sindicato dos Metroviários de fechá-las. Apenas Werneck, na Zona Oeste, ficou sem funcionar por aproximadamente 20 minutos, por volta das 13h. De acordo com a operadora do metrô, os terceirizados continuarão atendendo aos passageiros.

Os dois trens foram depredados na manhã deste sábado, entre as estações Recife e Joana Bezerra. Os dois são da linha sul e tiveram janelas quebradas. Apesar de a violência ter acontecido no dia do jogo entre Santa Cruz e Atlético-GO no Arruda, na Zona Norte, a CBTU afirma que não foram torcidas organizadas que jogaram as pedras, e sim adolescentes que vivem em comunidades próximas à linha do metrô

A frota do metrô é reduzida aos sábados, com seis trens na linha sul e 10 na linha centro. O fluxo de passageiros também é menor, de 100 mil pessoas, enquanto durante a semana é de 400 mil usuários.

PREJUÍZO - O vandalismo é recorrente nesse modal. Todos os 15 trens novos, comprados para a Copa do Mundo, já tiveram vidros quebrados. Ao todo, o metrô tem 40 veículos, todos já depredados. "Infelizmente é um fato quase normal o apedrejamento do metrô do Recife", lamenta o assessor de comunicação da CBTU na cidade, Salvino Gomes. O prejuízo chega a R$ 1 milhão no semestre passado e é estimado em R$ 1,5 milhão até o fim do ano.

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