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Esteiras e escada rolante da passarela do aeroporto continuam com defeito um ano após a Copa

Benira Maia
Benira Maia
Publicado em 02/07/2015 às 10:07
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Lixeiras sinalizam que o elevador não pode ser usado no andar de cima / Foto: Amanda Miranda/JC Trânsito

Lixeiras sinalizam que o elevador não pode ser usado no andar de cima Foto: Amanda Miranda/JC Trânsito

Inaugurada há um ano, a passarela que liga o terminal integrado de ônibus e metrô ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, na Zona Sul do Recife, continua sem funcionar completamente. As seis esteiras rolantes que dariam agilidade à travessia dos passageiros nunca operaram ao mesmo tempo, assim como a escada rolante. O elevador, essencial para pessoas com dificuldade de locomoção, está quebrado há duas semanas.

Segundo o Grande Recife Consórcio de Transportes, responsável pela operação, não há previsão para o conserto dos equipamentos. O órgão afirmou que todos foram solicitados desde que os problemas foram constatados, mas, como são importados, não é possível estabelecer um prazo.

Amanda Miranda/JC Trânsito
Lixeira era usada, nessa segunda-feira (2), para sinalizar o acúmulo de água da chuva dentro da passarela - Amanda Miranda/JC Trânsito
Amanda Miranda/JC Trânsito
Mesmo com as esteiras paradas, usuários passam por elas. Equipamentos facilitariam o trajeto de quem carrega malas entre o terminal e o aeroporto - Amanda Miranda/JC Trânsito
Amanda Miranda/JC Trânsito
Escada rolante antes não funcionava por incapacidade da rede elétrica. Agora falta peça - Amanda Miranda/JC Trânsito
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Passageiros denunciam que muitas vezes são os próprios usuários os responsáveis pela quebra do elevador, ao colocar excesso de peso - Amanda Miranda/JC Trânsito


No térreo, placa mostra que equipamento está em manutenção

No térreo, placa mostra que equipamento está em manutençãoFoto: Amanda Miranda/JC Trânsito

Com 460 metros de comprimento cruzando a Avenida Mascarenhas de Moraes e orçada em R$ 26 milhões, a passarela foi uma das poucas obras inauguradas a tempo da Copa do Mundo, no ano passado - já com nove meses de atraso. Durante o torneio, foi elogiada por turistas, embora ainda estivesse com sinalização de que estava em fase de testes. Das seis esteiras, apenas três funcionavam, e a escada rolante não operava. A justificativa da Secretaria das Cidades, pasta que engloba o Consórcio, era de que o sistema elétrico do terminal não suportava todos os equipamentos ao mesmo e que, para isso, seria necessário instalar uma subestação no local.

O serviço foi concluído na última semana de abril deste ano. Quando a subestação foi testada, apareceu um novo problema: de acordo com o Grande Recife Consórcio, ao conseguir acionar as esteiras, foi verificado que duas delas estavam quebradas. O órgão alegou agora que "precisa que todas estejam funcionando para poder ligar" segundo o contrato de manutenção. Desde a mesma semana de abril, outra peça quebrada impede a operação da escada rolante.

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