Um mês

Deve ser prorrogado inquérito sobre morte de universitária em queda de ônibus no Recife

Malu Silveira
Malu Silveira
Publicado em 04/06/2015 às 10:59
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Delegacia de Trânsito apura como o acidente ocorreu / Foto: Marília Banholzer/NE10

Delegacia de Trânsito apura como o acidente ocorreu Foto: Marília Banholzer/NE10

O delegado Newson Mota, da Delegacia de Acidentes e Delitos de Trânsito, solicitou ao poder judiciário, nessa quarta-feira (3), a prorrogação do prazo para concluir as investigações sobre a morte da estudante Camila Mirele Pires da Silva, vítima de acidente de ônibus na BR-101, na Cidade Universitária, na Zona Oeste do Recife, há um mês.

Os 30 dias para que o inquérito fosse concluído acabam na próxima segunda-feira (8). Porém, o delegado ainda precisa dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) para que a apuração termine. Segundo Mota, restam também algumas diligências complementares aos resultados da análise técnica.

O delegado questionou ao perito, por exemplo, como funcionava o mecanismo de abertura e fechamento da porta, se havia câmera no interior no ônibus, se esses equipamentos estavam funcionando corretamente e se há imagens captadas do momento do acidente. Outra dúvida do delegado ao IC é sobre os ângulos de visão do motorista em relação aos demais passageiros e à parte externa do veículo.

A universitária saía da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde estudava biomedicina, e seguia para casa no coletivo que fazia a linha Barro-Macaxeira, operada pela empresa Metropolitana. O ônibus estava em movimento quando a porta se abriu e a jovem foi arremessada. Camila foi socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, na Zona Oeste, mas não resistiu aos ferimentos.

Jovem estudava biomedicina na UFPE, de onde saía quando sofreu o acidente

Jovem estudava biomedicina na UFPE, de onde saía quando sofreu o acidenteFoto: reprodução do Facebook

Prestaram depoimento, até agora, cerca de 10 pessoas, entre eles o motorista e o cobrador do ônibus e oito passageiros. "O objetivo é primeiro estabelecer a dinâmica do acidente, como ele ocorreu. Dessa forma, vai trazer a possibilidade de conhecer a autoria. A polícia apura as causas do acidente e quem provocou, o agente penal", explica o delegado. 

Inicialmente, foi divulgada a informação de que Camila foi atropelada após cair do ônibus, o que foi negado por estudantes que estavam no coletivo. Para o delegado, não há indícios de atropelamento. Porém, ele prefere não se posicionar sobre o caso ainda. "Enquanto o laudo não chegar, não posso formar nenhum juízo de valor", justifica.

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