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Pernambuco gastou R$ 3,8 milhões com internações por acidentes de moto em 2014

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 22/05/2015 às 13:52
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Segundo pesquisa, 19,7% das vítimas estavam sem capacete / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Segundo pesquisa, 19,7% das vítimas estavam sem capacete Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Ocupando a 10ª posição no ranking dos estados com a maior taxa de mortalidade por acidentes de moto, Pernambuco tem índice de 9,6 óbitos para cada 100 mil habitantes. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (22), além das mortes, esses acidentes provocaram 4.193 internações em 2014, representando um gasto de R$ 3,8 milhões.

Nos últimos seis anos, as internações no Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo motociclistas que sofreram acidentes tiveram um crescimento de 115%. O custo aumentou 170,8%. Em 2013, 88.682 internações foram decorrentes de acidentes de moto, o que gerou um custo de R$ 114 milhões. O total de internações por acidentes há dois anos foi de 170.805, custando R$ 231 milhões.

Entre 2002 e 2012, a taxa de mortalidade por acidentes de moto cresceu 258,2% em Pernambuco. No País, esse aumento foi de 280% de 2003 a 2013, período em que houve um incremento de 247,1% no número de motocicletas.

Segundo Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes, que traça o perfil das vítimas, 78,76% delas são homens, na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre os motociclistas ouvidos pela pesquisa, 19,6% informaram o uso de bebida alcoólica antes do acidente e 19,7% estavam sem capacete.

Para solucionar o problema, o ministro Arthur Chioro propôs, em discussão durante a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, algumas medidas, como tornar obrigatória a apresentação da habilitação no momento da compra do veículo e a possibilidade de financiamento do capacete, por exemplo. O ministro lembrou que isso interfere no sistema de saúde, na previdência e no trabalho.

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