Obras da Via Mangue são, enfim, retomadas

Atrasadas e paradas há quase um ano, as obras da Via Mangue, na Zona Sul do Recife, foram retomadas esta semana. Após a assinatura de um convênio entre a Prefeitura do Recife e a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 81 milhões, os 2% que restam do corredor viário podem, finalmente, sair do papel e são referentes à obra no sentido Boa Viagem-Pina.

De acordo com a Empresa de Urbanização do Recife (URB), restam para ser concluídas calçadas e ciclovia, requalificação de acessos e uma alça no Encanta Moça. O prazo de conclusão é dezembro deste ano.

Dezenas de trabalhadores atuavam em serviços como a topografia e a instalação da iluminação da Ponte Estaiada na manhã desta quarta-feira (6). Desde a segunda (4), de acordo com a Prefeitura do Recife, a construtora Queiroz Galvão está no processo de organização do canteiro de obras, mobilização dos equipamentos e recontratação dos funcionários.

A iluminação, medida para prevenir violência na região junto com a instalação de câmeras de segurança, é prometida para o dia 15 de maio.

As obras da Via Mangue - que só têm até agora o sentido Pina-Boa Viagem - começaram em junho de 2011, ainda na gestão de João da Costa (PT) e sob responsabilidade da Queiroz Galvão. A previsão inicial era de que o corredor seria inaugurado em setembro de 2013, com orçamento de R$ 431 milhões.

Porém, em dezembro daquele ano, já com Geraldo Julio (PSB) como prefeito, apenas 63% estavam concluídos, segundo estimativa do Tribunal de Contas do Estado (TCE) - meses antes, o órgão havia apresentado uma série de estudos apontando que a Via Mangue não seria entregue antes de 2016. A obra ficaria, então, para abril de 2014. O tráfego, no entanto, só foi liberado em junho do ano passado, em evento com a presidente Dilma Rousseff (PT). E apenas no sentido Pina-Boa Viagem.

Após essa abertura, o primeiro trecho da pista leste, que fará o sentido Boa Viagem-Pina, deveria ter sido entregue no dia 1º de setembro do ano passado e o restante em dezembro. Há um mês, em entrevista ao Jornal do Commercio, o prefeito socialista afirmou que os recursos ainda não haviam chegado, pois a PCR estaria cumprindo os trâmites burocráticos necessários, como envio de documentos, prevendo a retomada da obra em 30 dias.