Doze estações de BRT ainda devem ser construídas Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Com essa decisão, deverá ser realizada uma nova licitação para escolher as empreiteiras que atuarão nas obras, processo que costuma levar meses. Questionado, por isso, sobre prazos, Bruto defende que há modelos mais simples para selecionar as empresas, ainda em análise jurídica.
Além disso, a pasta corre para, até o fim de maio, quando o contrato será extinto, ter registros sobre valores e etapas que ainda devem ser concluídas. "Estamos fazendo o levantamento dos remanescentes", diz.
Foram investidos até agora R$ 136 milhões no corredor, que vai do Centro do Recife até a cidade vizinha de Camaragibe e foi orçado em R$ 168,7 milhões. Nas contas iniciais da Secretaria das Cidades, a obra está com aproximadamente 80% das intervenções previstas prontas. Mas o que falta impacta a vida dos usuários: são 12 estações de BRT (Bus Rapid Transport) a serem erguidas e dois terminais integrados de ônibus em andamento.
O consórcio e a pasta estão em impasse: enquanto as empresas afirmam que o Governo de Pernambuco ainda tem débitos, a gestão diz não reconhecer os valores, ainda não divulgados. "O entendimento para a retomada estava difícil, achamos melhor partir para um caminho que possamos retomar (a obra) e terminar", justifica Bruto. "O custo é o de tempo de obra paralisada, mas é mais seguro em termos de finalização", acrescenta.
Quase prontos, TIs estão abandonados há meses Foto: Lorena Barros/JC Trânsito
Outra dificuldade é em relação ao Museu da Abolição, que alega ter sofrido consequências negativas por causa do túnel. Para tentar minimizar os problemas provocados, foi elaborado um projeto que inclui a abertura de um portão na Rua Real da Torre, ao lado do Túnel, a reforma da praça na Rua Benfica e a construção de um jardim que já estava previsto no projeto inicial, em que se gastou R$ 16 milhões. "Estamos finalizando até a semana que vem um projeto para entregar ao Museu para ver se atende à demanda", promete o secretário.