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Cidade de trânsito caótico, Recife tem apenas 33 quilômetros de malha cicloviária. Veja mapa

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 27/03/2015 às 9:31
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PCR promete mais 70 quilômetros de ciclofaixa até o fim de 2016. Será? / Foto: Michele Souza/Acervo JC Imagem

PCR promete mais 70 quilômetros de ciclofaixa até o fim de 2016. Será? Foto: Michele Souza/Acervo JC Imagem

Mais do que triplicar a atual malha cicloviária em pouco mais de um ano e meio é a meta - possivelmente ambiciosa - da Prefeitura do Recife. Para cumprir a promessa, a gestão municipal tem que sair dos atuais 33 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas para 103 quilômetros, construindo agora o que não foi feito desde o início do governo. Até agora, foram implantados quase 6 quilômetros dos 76 previstos até o fim de 2016.

Atualmente há 10 rotas, sendo sete de ciclofaixas, uma compartilhada e duas ciclovias. Saiba onde ficam:


As duas mais recentes foram as ciclofaixas Arquiteto Luiz Nunes, nos bairros de Afogados e Imbiribeira, com 3,5 quilômetros, e a Marquês de Abrantes, ligando localidades da Zona Norte, com 1,9 quilômetro, considerada uma rota segura para os ciclistas que usam a Estrada de Belém.

Existem duas ciclofaixas com projeto executivo concluído: a Inácio Monteiro, com 2,8 quilômetros na Iputinga, e a Antônio Curado, com 2,4 quilômetros, no Engenho do Meio. As duas vão se conectar através do Cavouco, totalizando 8 quilômetros. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), as faixas devem entrar em operação até o fim deste semestre, pois estão sendo feitos ajustes nos projetos.

Em nota, a CTTU afirmou que, "simultaneamente à conclusão desses projetos, a equipe técnica da Companhia está empenhada nas análises de outras áreas da cidade com o intuito de implantar novas rotas cicloviárias."

No Centro, os ciclistas podem optar pela área compartilhada da Zona 30, no Bairro do Recife, onde os veículos motorizados têm limite de velocidade de 30 quilômetros por hora.

Está em construção ainda a ciclovia Via Mangue, com 5,6 quilômetros previstos nos bairros do Pina e de Boa Viagem, na Zona Sul. A questão é que, assim como as obras do corredor viário, o espaço exclusivo para os ciclistas teve as obras iniciadas, mas é uma incógnita a data em que ela começará a funcionar.

Em relação a outros municípios da Região Metropolitana, no entanto, o Recife é o que tem maior espaço para os ciclistas. Em Olinda, cidade com quase 400 mil habitantes - menos de um terço da população recifense, que é de 1,6 milhão -, a ciclovia, assim como a pista de cooper, fazem parte dos 6 quilômetros da orla incluídos nas obras de requalificação, em fase final.

O caso de Jaboatão dos Guararapes, cidade ainda maior, com 681 mil pessoas, é mais gritante: a ciclofaixa que está sendo construída entre a Avenida Beira Mar, em Piedade, e a Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, está atrasada. A prefeitura promete a obra para o dia 30 de abril.

Atualmente, são mais quilômetros de ciclofaixas móveis do que fixas

Atualmente, são mais quilômetros de ciclofaixas móveis do que fixasFoto: Mayra Cavalcanti/NE10

DOMINGO- A capital pernambucana tem, desde 2013, além dos equipamentos fixos, as ciclofaixas de turismo e lazer, em funcionamento aos domingos e feriados, das 7h às 16h. Na Zona Norte, o passeio percorre pontos como o Parque Santana, o Mercado de Casa Amarela, o Sítio Trindade, o Parque da Jaqueira, o Museu do Estado, a Câmara Municipal do Recife, o Parque 13 de Maio, o Teatro Santa Isabel, o Palácio do Campo das Princesas, a Praça da República, o Centro de Artesanato e o Marco Zero.

A Praia de Boa Viagem, o Parque Dona Lindu e o Forte das Cinco Pontas são alguns lugares que fazem parte do percurso para quem faz o trajeto da Zona Sul. As opções da Zona Oeste são a Lagoa do Araçá, a Praça Chora Menino, o Hotel Central, a Praça Maciel Pinheiro, a Ponte da Boa Vista e a Casa da Cultura. As três rotas são usadas por aproximadamente 18 mil pessoas por dia. São 36,5 quilômetros ao todo.

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