Chuva

Alagamentos e protestos foram obstáculo à mobilidade no Recife nesta terça-feira

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 24/03/2015 às 14:30
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Pedestres estão entre os que mais sofrem, sem mobilidade nas calçadas. Carros que jogam água contra eles podem pagar multa de R$ 85,13. Na imagem, a Av. Mascarenhas de Moraes / Foto: Rosemary Almeida via Comuniq

Pedestres estão entre os que mais sofrem, sem mobilidade nas calçadas. Carros que jogam água contra eles podem pagar multa de R$ 85,13. Na imagem, a Av. Mascarenhas de Moraes Foto: Rosemary Almeida via Comuniq

De motoristas a pedestres, é raro encontrar quem não tenha passado por transtornos para se locomover no Recife na manhã desta terça-feira (24). Vários pontos da cidade ficaram alagados, prejudicando o tráfego de veículos e as pessoas que precisavam esperar ônibus ou passar pelas calçadas. Além disso, dois protestos e a queda de uma árvore pararam o trânsito na Zona Oeste.

A Avenida Mascarenhas de Moraes foi uma das mais afetadas. Alagamentos sob o Viaduto Tancredo Neves e próximo à faculdade Universo, somados a uma obra realizada pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), provocaram congestionamentos desde o Jordão, na Zona Sul, até a Ponte Motocolombó, na chegada à Zona Oeste.


A Avenida Recife, que também liga as duas regiões da cidade, sofreu com o acúmulo de água em diversos pontos.

O Ipsep, na Zona Sul, teve algumas vias alagadas, como o acesso ao bairro vizinho do Ibura, a Rua Potengy e a Rua Jean Emille Favre. A localidade passa pelo problema frequentemente.

 



O Largo do Cabanga e o Viaduto Capitão Temudo eram outras áreas alagadas na capital pernambucana. Além delas, a Avenida Norte, no cruzamento com a Rua 48, em direção ao Centro, foi afetada.

O trânsito ficou complicado na BR-101, desde o Terminal Integrado do Barro, na Zona Oeste, para quem seguia em direção a Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. Também em Jaboatão, o Conjunto Marcos Freire alagou.

Um fator que contribuiu com o problema na capital pernambucana foi a maré alta registrada pela manhã. De acordo com a Marinha, o maior nível foi alcançado às 6h41, 2,3 metros. Houve uma redução às 12h58, baixando para 0,3 metro. A tendência é voltar a aumentar, chegando a 2,2 metros às 19h09.

Mesmo sem alagamento, a Av. Conselheiro Aguiar ficou congestionada durante toda a manhã

Mesmo sem alagamento, a Av. Conselheiro Aguiar ficou congestionada durante toda a manhãFoto: Luciano Ayres via Comuniq

A previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) é de chuva, o que é resultado de instabilidades associadas à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e à ocorrência de grandes acúmulos de chuva nos últimos dois dias.

Além dos alagamentos, o trânsito no Recife foi afetado por dificuldades como defeitos em semáforos. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), foram pelo menos oito. Alguns deles foram os de número 237, na Rua Real da Torre, em frente à Escola Joaquim Távora, e 208, que fica no cruzamento entre a Avenida Dr. José Rufino e a Rua Itaenga, na Zona Oeste; e 101, na Rua Jean Emille Favre com a Rua Blumenau, na Zona Sul.

A Zona Oeste ainda passou por dois protestos. O primeiro foi na Rua São Miguel, em Afogados, onde moradores do entorno da via bloquearam os dois sentidos reivindicando mais segurança no trânsito e respeito ao semáforo. De acordo com os manifestantes, alguns motoristas costumam passar no sinal vermelho, provocando acidentes, como o atropelamento de um adolescente na semana passada. O tráfego de veículos foi bloqueado por pneus queimados das 6h50 às 7h50.

Três postes foram atingidos pela árvore que caiu na Avenida Liberdade

Três postes foram atingidos pela árvore que caiu na Avenida LiberdadeFoto: Camilla Rabelo via Comuniq

Em Jardim São Paulo, moradores também atearam fogo em objetos na Rua Leandro Barreto, um dos acessos à BR-101, por uma hora e meia, das 8h30 às 10h. Os manifestantes afirmam que há buracos na via, constantemente alagada.

O mesmo bairro ficou sem energia por mais de cinco horas, devido à queda de uma árvore na Avenida Liberdade. Três postes foram atingidos e precisaram ser trocados. A previsão da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) é que o serviço seja concluído até o fim da tarde. Porém, de acordo a concessionária, o fornecimento de energia foi retomado gradativamente na maior parte do entorno da via.

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