Manifestação

Guardas municipais protestam na sede da CTTU

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 19/03/2015 às 8:10
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Os guardas reivindicam aumento de gratificação, pagamento de horas extras, e outros benefícios / Foto: Amanda Miranda/NE10

Os guardas reivindicam aumento de gratificação, pagamento de horas extras, e outros benefícios Foto: Amanda Miranda/NE10

Guardas municipais se mobilizaram em frente à sede da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife, na manhã desta quinta-feira (19). A categoria, que engloba agentes de trânsito, guardas do patrimônio e guardas ambientais, esteve defasada nas ruas nesta manhã. Após a manifestação, por volta das 9h20, voltaram ao trabalho.

Protesto reuniu cerca de 100 guardas

Protesto reuniu cerca de 100 guardasFoto: Amanda Miranda/NE10

Cerca de 100 guardas foram ao local com reivindicações trabalhistas. A Associação dos Guardas Municipais do Recife calcula que a redução do número de profissionais nas ruas foi de 70% na CTTU, 10% entre os que atuam na defesa do patrimônio e 5% na brigada ambiental.

Os orientadores de trânsito, prestadores de serviço contratados pela Serttel Engenharia, não participaram da mobilização. Cerca de 450 estavam nas vias do Recife nesta manhã.

Entre as reivindicações dos guardas municipais está a reclamação de que a lei 17955/13, sobre o plano de cargos e carreiras, representa uma defasagem salarial para a categoria. De acordo com o presidente do sindicato que representa os guardas, Everson Miranda, antes do plano de cargos e carreiras aprovado em setembro do ano passado, os profissionais recebiam entre R$ 600 e R$ 1,3 mil em horas extras. "Isso não servia para a aposentadoria e outros direitos. Então, lutamos vários anos para incorporar isso aos salários. O problema é que só colocaram R$ 680 para todo mundo, o que representa uma perda muito grande para os mais antigos", reclama.

Vereador Osmar Ricardo discursou para os guardas

Vereador Osmar Ricardo discursou para os guardasFoto: Amanda Miranda/NE10

Segundo Miranda, a briga com a prefeitura agora é que os 701 profissionais que trabalham em escala de 12/36 horas passem a receber o pagamento das horas extras trabalhadas e perdidas desde setembro - os outros 239 trabalham 8 horas diárias. "Por orientação do vereador Osmar Ricardo (PT), vamos negociar o pagamento retroativo com a gestão. Queremos apenas o cumprimento da lei, o que geralmente não é feito. O prefeito (Geraldo Julio, do PSB) brinca com a lei", acusa.

Os profissionais foram informados de que o projeto de lei para rever a remuneração seria enviado para o Legislativo na quarta-feira (18), o que ocorreu por volta daa 16h. Assim, a votação do projeto deverá ocorrer na próxima terça-feira (24). Para pressionar os parlamentares, a categoria se reunirá na Câmara dos Vereadores a partir das 10h30.

A categoria tem, além do pagamento de horas extras, outras queixas, como o atraso na promoção de profissionais, prevista em lei e ainda não executada, segundo os guardas. Outro item da pauta de reivindicações é a adequação do município à lei de número 13022/14. Assim, os guardas municipais teriam porte de armas, por terem poder de polícia.

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