Pouco antes das 8h, passageiros lotaram o Terminal Integrado Joana Bezerra Foto: Lorena Barros/JC Trânsito
- Com paralisação de rodoviários, cresce procura por empresas de táxi
- Metrô estende horário de pico durante paralisação de ônibus nesta sexta
O movimento nas empresas de táxi foi intenso. Na companhia Servi-Táxi, por exemplo, os agendamentos tiveram um aumento desde a meia-noite, sendo duplicado a partir das 4h30 desta sexta. Às 5h, já havia uma lista de espera com 100 solicitações, o que não é comum para o horário.
Os mototaxistas também aproveitaram para lucrar. No Terminal Integrado de Xambá, em Olinda, na Grande Recife, muitos deles se oferecem para levar passageiros. Uma corrida para o Centro do Recife, que fica a pouco mais de dez quilômetros de distância, estava custando R$ 20. Muitos carros particulares também fizeram lotação no Terminal da Macaxeira, na Zona Norte do Recife. O transporte por mototaxistas, vans e carros particulares através de cobrança é proibido.
MOBILIZAÇÃO - Um carro de som convocava a categoria, no Terminal Integrado da Macaxeira, para uma mobilização, ainda nesta sexta, às 14h, na Avenida Conde da Boa Vista, área central do Recife. No entanto, Genildo Pereira, assessor do Sindicato dos Rodoviários, nega a informação e garante que os passageiros terão ônibus para voltar para casa.
MOTIVO - Na última segunda-feira (25), os rodoviários cruzaram os braços também no período das 4h às 8h. Nesse horário, nenhum ônibus saiu das garagens das empresas e as paradas ficaram lotadas. Os terminais integrados só abriram após o fim da paralisação e os usuários tiveram dificuldade para chegar aos seus destinos. Na sexta-feira (22), uma paralisação surpresa provocou protestos e um coletivo incendiado. De acordo com o sindicato dos rodoviários, a categoria vai continuar mobilizada até que o julgamento do mérito do dissídio coletivo dos trabalhadores, previsto para o dia 8 de setembro no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
Na última terça-feira (26), o ministro do TST Barros Levenhagem reconsiderou a decisão que suspendeu o reajuste de 10% para motoristas e cobradores, mas manteve o efeito suspensivo quanto às demais cláusulas do despacho anterior, relativo a tíquete-alimentação, diárias, auxílio-funeral e indenização por morte ou invalidez, restringindo o reajuste a 6% até pronunciamento definitivo do TST.
Assim, o aumento de 75% no tíquete-refeição (de R$ 171 para R$ 300 no mês) concedido pelo Tribunal Regional da 6ª Região (TRT-PE) em 30 de julho continua sem valer. Com a reconsideração, ficam mantidos os pisos de R$ 1.765,50 para motoristas, R$ 1.141,69 para fiscais despachantes e R$ 812,13 para os cobradores.