Manifestação teve início por volta das 6h30 Foto:Bobby Fabisak/JC Imagem
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Entulhos e pneus foram queimados, enquanto o grupo segurava faixas contrárias ao aplicativo de transporte privado individual de passageiros Uber. Orientadores da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estiveram no local para guiar os motoristas que seguem pela Agamenon Magalhães. O trânsito ficou bastante intenso na via. Alguns motociclistas conseguiram furar o bloqueio. Outra interdição ocorreu no viaduto da Avenida Norte, sentido subúrbio.
Segundo informações da Rádio Jornal, a Polícia Militar precisou agir de maneira enérgica para interromper o ato feito pelos manifestantes e permitir que os Bombeiros realizassem a limpeza da via. Por volta das 7h50, após a ação dos Bombeiros, o trânsito voltou a fluir com normalidade.
Por meio de uma nota, a Prefeitura do Recife se pronunciou sobre o protesto realizado nesta manhã. Confira na íntegra:
As Secretarias de Mobilidade e Controle Urbano e de Assuntos Jurídicos do Recife informam que a Justiça proibiu a fiscalização dos motoristas usuários do aplicativo Uber, por meio de decisão liminar. A Prefeitura do Recife reitera que essa decisão é de caráter temporário e que o Poder Judiciário ainda não analisou o mérito da questão. O município mantém sua postura de seguir a Lei Federal 12.468/2011, que regulamenta o transporte remunerado de passageiros e em seu artigo 2º determina que “É atividade exclusiva dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros".
Esse é o mesmo entendimento defendido pelo Ministério Público Federal (MPF), através de nota técnica divulgada recentemente. A instituição recomendou ao Congresso Nacional a discussão e regulamentação das novas tecnologias que não são contempladas pela legislação atual. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já anunciou a criação de um grupo de trabalho sobre o tema. A ministra do Superior Tribunal de Justiça Fátima Nancy Andrighi também se posicionou defendendo que a regulamentação do Uber se dê por meio de Lei Federal.
Sequência de protestos de taxistas
Em Recife, em março deste ano, no mês de lançamento do Uber, uma manifestação dos taxistas ocorreu a partir da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e seguiu até a Prefeitura do Recife. Já em maio, uma carreata foi feita pela Frente Táxi Recife e começou entre as Zonas Norte e Sul da cidade e foi até a Câmara dos Vereadores do Recife. O motivo de todos esses protestos foi sempre o mesmo: a prática das atividades do Uber.
Em julho, um outro protesto parou o trânsito na região central do Recife e ocupou as pontes Princesa Isabel e Buarque de Macedo. Em agosto, taxistas fizeram um ato na Avenida Mascarenhas de Moraes, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul. Em setembro, foi a vez da Zona Oeste. A categoria se reuniu em protesto na Avenida Beira Rio, no bairro da Madalena e seguiram em carreata até a Prefeitura do Recife.
A cobrança dos taxistas é que a Lei Federal 12.468/2011, que prevê exclusividade para categoria no transporte privado individual remunerado, seja fiscalizada.