Manifestantes atearam fogo em objetos no Centro Foto: Amanda Miranda/JC Trânsito
- Urbana-PE propõe aumento de 32% no anel "A", que passaria a custar R$ 3,25
- "Aumento das passagens não chegará nem perto do que pedem os empresários", diz fonte ligada ao Governo
- Reunião para debater aumento de passagens é adiada para segunda-feira
- Estudantes protestam contra aumento das passagens de ônibus no Recife
O segundo jovem detido pela PM foi já no Cais de Santa Rita. O grupo estava reunido no centro do terminal para debater como seria a próxima manifestação, na segunda-feira (18), quando foram ouvidos disparos de balas de borracha. Houve tumulto e o diretor da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe), Henrique Dantas, foi detido. O jovem foi liberado depois. "O policial disse que o chamei de filho da p*, mas não estou entendendo nada", disse o estudante. Um dos integrantes da Frente de Luta pelo Transporte Público foi ferido na barriga. Também acusado pela PM de desacato, outro jovem foi detido no Cais de Santa Rita, enquanto embarcava em um ônibus.
Protesto percorreu toda a Avenida Conde da Boa VistaFoto: Amanda Miranda/JC Trânsito
Ao chegar à secretaria, no entanto, o expediente já havia acabado e os estudantes decidiram retornar pela Conde da Boa Vista para o Cais. Foi aí que começou a confusão e o primeiro jovem foi detido. Contra a ação policial, manifestantes cercaram a viatura da PM. Policiais usaram spray de pimenta para dispersar o grupo e os efeitos dos gases atingiram também pedestres que passavam pelo local.
No caminho, manifestantes falavam com passageiros dos ônibusFoto: Amanda Miranda/JC Trânsito
REAJUSTE - A proposta da Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de ônibus, é de que o reajuste seja de 32% no anel A, o mais usado, que passaria dos atuais R$ 2,45 para R$ 3,25. Já o anel B passaria de R$ 3,35 para R$ 4,40. Uma fonte ligada ao governo, porém, afirmou que o aumento não chega perto desses números.
O presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Francisco Papaleo, não adiantou qual será o valor defendido pelo órgão, mas afirmou que ele não será obrigatoriamente igual ao apresentado pela Urbana-PE. "A nossa proposta será após um estudo minucioso através de uma planilha adotada nacionalmente", defendeu. Entre os itens analisados estão a inflação no período, o custo dos combustíveis e as despesas com os trabalhadores do setor.