Motos foram responsáveis por 77% dos acidentes com vítimas no Recife em outubro

O número de acidentes com vítima registrados pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) no Recife aumentou de 217 para 238 entre setembro e outubro deste ano. Houve também um crescimento no percentual de ocorrências envolvendo motos, que passou de 74% para 77% do total. Os dados fazem parte do segundo mês do projeto Cuidado: Acidentes, do JC Trânsito. Veja o mapa (clique e use a barra de rolagem ou os dedos para ampliar e descobrir os trechos mais perigosos da capital pernambucana):

Do total de acidentes em outubro, 238, mais de 57% foram colisões entre motos e carros, o que representa 136 registros. As avenidas onde houve mais ocorrências foram a Agamenon Magalhães (7), a que tem maior fluxo de veículos no Recife, na área central além da Abdias de Carvalho (4), na Zona Oeste, e da Beberibe (3), na Zona Norte. Apesar de nenhuma via estar entre as que tiveram mais batidas, o bairro de Boa Viagem, na Zona Sul, foi onde houve mais acidentes entre carro e moto, 12. O Derby (10), por onde a Agamenon passa, é o segundo, seguido de Santo Amaro (8), também na área central. Só sete ocorrências envolveram as polêmicas cinquentinhas.

• Quase 75% dos acidentes registrados no Recife em setembro envolveram motos

A maioria dos acidentes, 38%, foi durante a tarde. Trinta e três porcento aconteceram pela manhã e 25% à noite.

Em entrevista ao JC Trânsito no mês passado, quando os motociclistas já eram as principais vítimas, a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, frisou que isso não acontece só no Recife, mas reconheceu que os números são muito ruins. "Em função da vulnerabilidade do equipamento, o acidente tem uma potencialidade muito grande de ter vítima", disse. A gestora explicou que o órgão não tem planos de prevenção de acidentes específico para motos, apesar dessa realidade, mas lembrou que foram feitas 43 intervenções na circulação de trânsito, com foco na segurança viária, e instalados 73 equipamentos de controle de velocidade. "Com isso, a ocorrência de acidentes tem menor probabilidade com relação a vítimas."

ATROPELAMENTOS - Reduzir a velocidade também é essencial para diminuir o risco de lesões em casos de atropelamentos. Em outubro, foram registrados 28, o que representa 11% do total. As avenidas Mascarenhas de Morais, na Zona Sul, e Conde da Boa Vista, foram onde houve mais acidentes, três em cada uma. As duas têm radares. Dois atropelamentos aconteceram na Avenida Agamenon Magalhães e dois na Avenida Caxangá, na Zona Oeste.

Do total, 10 acidentes foram à noite, quando há menor luminosidade. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi-Brasil) constatou que os pedestres que usam roupas claras, principalmente à noite, ajudam - e muito - na visualização dos motoristas. Porém, o número não muda tanto em relação aos períodos da tarde, em que houve nove atropelamentos, e da manhã, com oito registros.

COLABORE - O JC Trânsito iniciou, no Dia Nacional do Trânsito, 25 de setembro, o mapeamento dos principais pontos de acidentes com vítimas na capital pernambucana, através do projeto Cuidado: Acidentes. O objetivo é descobrir, ao longo de um ano, o que está sendo feito para melhorar a segurança nesses lugares e dar dicas para motoristas, motociclistas e pedestres.

Você também pode enviar informações sobre acidentes e ajudar a construir esse mapa. Os nossos canais de comunicação são o Twitter @jctransito, a fanpage no Facebook (facebook.com/JCTransito), o telefone (81) 3413.6544 e o email [email protected]. É muito importante também acionar a CTTU em todos os casos de acidente, através do telefone 0800.081.1078 e do Twitter @CTTU_Recife.