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Saiba a importância do cinto de segurança no banco de trás

Mariana Campello
Mariana Campello
Publicado em 15/11/2015 às 19:24
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Quem circular pelas vias do País sem o cinto está cometendo uma infração grave / Foto: JC Imagem Arquivo

Quem circular pelas vias do País sem o cinto está cometendo uma infração grave Foto: JC Imagem Arquivo

Uma cena comum é observar os motoristas dos carros utilizando o cinto de segurança e os passageiros que sentam atrás sem usar a proteção. Mas o cinto não só protege quem está na parte da frente do veículo. O uso desse importante item de segurança é obrigatório para ambos, de acordo com a lei do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Andar no banco de trás de um carro sem cinto de segurança é um hábito de mais da metade dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013. Segundo estudos apresentados em congressos de Bombeiros, o hábito pode ser justificado pela falsa sensação que as pessoas têm de que, estando no banco traseiro, serão protegidas pelos bancos da frente e não correm risco de serem arremessadas do carro, no caso de uma batida.

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Quem circular pelas vias do País sem o cinto está cometendo uma infração grave. O motorista pode receber cinco pontos na carteira, multa de R$ 127,69 e ainda corre o risco do veículo ser retido, segundo o artigo 167 do CTB. 

No Recife, entre janeiro e junho deste ano foram cometidas 3.262 infrações, de acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano. Em 2014, o número total foi de 8.086.

Um estudo apresentado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostrou um comparativo entre os impactos sofridos em acidentes ocorridos com passageiros que estão nos bancos traseiros e dianteiros dos carros. Segundo o teste, o impacto pode chegar a 50 vezes o valor do peso de cada ocupante do veículo.

Por exemplo, se o passageiro pesa 50 quilos (significa que sua massa é de 50 kg), a força no seu corpo será a multiplicação dessa massa pela aceleração do veículo, isto é: você pode estar com uma massa (“peso”) equivalente a um mamífero de grande porte, como elefantes e mamutes. Assim, eleva-se a possibilidade de morte ou lesões permanentes nos ocupantes do veículo.

O major Edson Marconni do Corpo de Bombeiros de Pernambuco ressalta a importância do uso do equipamento de segurança. "A ausência do cinto deixa o organismo solto, sendo jogado de um lado para o outro. Onde o corpo bater haverá provável trauma", explica. 

As principais áreas acometidas são cabeça e coluna cervical, mas qualquer trauma pode ocorrer, basta imaginar que o corpo está solto e sujeito a qualquer tipo de pancada.Numa colisão, o peso da pessoa do banco de trás pode causar graves ferimentos nos ocupantes do banco da frente. 

Os passageiros do banco de trás serão projetados contra os bancos da frente com seus ocupantes. A cabeça do ocupante do banco de trás pode golpear os passageiros do banco da frente, levando-os, muitas vezes,  à morte. "O cinto evita que a pessoa seja arremessada do carro ou bata em partes do veículo ou mesmo o choque de um passageiro contra o outro", destacou o major. 

Para usar corretamente o cinto de segurança: posicione-se sentado ajustando o banco e encosto de cabeça de maneira que a parte posterior da cabeça na altura da orelha fique rente ao encosto. O cinto de segurança, por sua vez, deve passar sobre o ombro e nunca perto da face ou pescoço; deve cruzar o tórax e a parte inferior passar por cima dos ossos do quadril. No caso do cinto abdominal, presentes no banco de trás de alguns veículos, deve estar acomodado sobre a região pélvica, com folga de aproximadamente 3 cm. Outro cuidado é verificar se o cinto está torcido e estendê-lo para fixar ao clipe.

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