Violência

"Criminosos estavam com armas de guerra, mas respondemos à altura", diz secretário da SDS

Cássio Oliveira
Cássio Oliveira
Publicado em 21/02/2017 às 11:33
Leitura:

O secretário de Defsesa Social, Ângelo Gioia, concedeu entrevista coletiva para falar do caso / Foto: André Nery / JC Imagem

O secretário de Defsesa Social, Ângelo Gioia, concedeu entrevista coletiva para falar do caso Foto: André Nery / JC Imagem

O secretário de Defesa Social de pernambuco, Ângelo Gioia, se pronunciou na manhã desta terça-feira (21), sobre o terror tomou conta do Recife nesta madrugada. Após um grupo de criminosos atacar uma empresa de transporte de valores na Zona Oeste da Cidade e deixarem um rastro de destruição pelo caminho, Gioia afirmou que a Polícia Militar do Estado conseguiu responder à altura. "Não se pode esperar dos policiais nesse combate mais do que eles fizeram".

Em entrevista coletiva, o secretário afirmou que os policiais estavam bem treinados, mas ressaltou o  poder de fogo dos bandidos. "Inflizmente são grupos que trazem armas pela nossa fronteira. Não produzimos fuzil AK-47, mas eles tinham. Os policiais estavam preparados, treinados, e tanto é verdade que tivemos policiais feridos. Não vamos admitir que irresponsáveis digam que a polícia nao respondeu à altura". Os três policiais feridos durante o confronto foram levados para o Hospital da Restauração e passam bem.

Bandidos queimaram carros para atrapalhar a perseguição da polícia

Bandidos queimaram carros para atrapalhar a perseguição da políciaFoto: Bobby Fabisak

Gioia ainda ressaltou o trabalho da Rádio Patrulha. "O que encontramos foi um cenário com mais de 20 criminosos, portando arma de guerra e nossa Rádio Patrulha, que recentemente apresentamos com novas viaturas e armamentos, conseguiu enfrentar o bando até a chegada da CIOE", ressaltou.

Ainda de acordo com o secretário, os bandidos abandonaram armamento, municção e deixaram vestígio suficiente para se fazer uma investigação sobre o caso. "Descobrimos uma construção onde estavam alojados e sabemos que nesse tipo de enfrentamento você prever o resultado é difícil, mas a tropa respondeu no tempo devido", disse.

Gioia ainda negou especulações sobre policiais trabalhando com coletes vencidos e armas emprestadas. "Se falou de colete vencido, é mentira. Eu vi a desfaçatez de um policial com balacava dizendo que usava fuzil emprestado. Nós sabemos que não é verdade, nós temos fuzis cedidos pelo exército em convênio legal, isso acontece em quase todos os estados".

Moradores passaram por momentos de pânico

Eram 3h da madrugada desta terça quando um grupo de cerca de 20 criminosos, fortemente armados com metralhadores e fuzis, entraram em confronto com a Polícia Militar após arrombarem o cofre da empresa Brinks, no bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife. Até o momento, o valor oficial do roubo não foi divulgado, mas um tenente da PM fala que o valor gira em torno de R$ 60 milhões.

Os bandidos foram ousados e decidiram queimar três carros na Avenida Doutor José Rufino para dificultar a perseguição policial e chegarem até a empresa Brinks. Um quarto veículo foi abandonado no viaduto Ulisses Guimarães, sobre a Avenida Recife, e um caminhão foi queimado também na Avenida Recife.

De acordo com o comandante da Polícia Militar, Vanildo Maranhão, o grupo chegou na avenida em caminhões e a troca de tiros começou em uma blitz do BPTRAN. "A blitz é perto da empresa, eles fizeram um cerco de 360 graus da empresa. É um grupo altamente organizado, preparado e treinado", afirmou o coronel.

Confira a entrevista em vídeo feito pelo Portal LeiaJá:

Mais lidas