Professores da UFPE votam a favor de indicativo de greve

Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se reuniram nesta quinta-feira (3) no Clube Universitário, localizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS), e aprovaram o indicativo de greve da categoria. A decisão foi por 265 votos a favor e 110 contra. Na próxima quinta (10), os docentes voltarão a se reunir em assembleia para decidir se deflagram a greve por tempo indeterminado.

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Segundo o Augusto César Barreto, presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), a pauta de reinvidicações é vasta, passando inclusive pela posição contrária a PEC dos Gastos Públicos. "Na nossa pauta está a luta contra a PEC 241, a PLP 257, a proposta da Escola Sem Partido, a reforma do Ensino Médio e a favor das ocupações dos estudantes", disse o presidente.

Aderindo à paralisação nacional em defesa da educação, dos direitos trabalhistas e do Sistema único de Saúde, os professores já haviam paralisado as atividades no dia 22 de outubro. A ação fez parte de uma mobilização nacional das centrais sindicais contra o momento político atual do país.

 

Ocupações dos estudantes nas escolas e universidades

Os estudantes foram os primeiros a se organizarem contra a antiga PEC 241, agora PEC 55 no senado, a proposta da Escola sem Partido, entre outras pautas da conjutura política nacional. Seis centros da UFPE estão ocupados pelos alunos sendo o Centro de Educação (CE), Centro de Comunicação e Artes (CAC), Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e o Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (Niate), Centro Acadêmico do Agreste (CAA) em Caruaru, além do Centro de Ciências Biológicas (CCB).

As ocupações vão além da Universidade Federal de Pernambuco. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também conta com alunos acampados no Centro de Ensino e Graduação (Cegoe) desde o último dia 24 de outubro, já a Universidade de Pernambuco teve o campus de Santo Amaro ocupado no dia 25 após assembleia dos estudantes.

Várias escolas em todo o país aderiram as manifestações. Os alunos acreditam que as medidas tomadas pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), são um retrocesso nas conquistas populares e são contra o modo como o Governo Federal está aplicando os cortes de gastos no país.