Um dos detentos encaminhados para atendimento hospitalar após um tumulto no Complexo do Curado, veio a falecer durante a madrugada deste sábado. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Em nota enviada à imprensa na manhã deste sábado (02), a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que um dos detendos encaminhados para atendimento hospitalar após um tumulto em um pavilhão do Presídio Juiz Antônio Luis Lins de Barros (PJALLB), no Complexo do Curado, veio a falecer durante a madrugada. Com a morte, já são duas as vítimas fatais da rebelião, que ocorreu na noite desta sexta (01).
Um dos feridos, o chaveiro da prisão, teria levado um tiro na boca disparado por detentos. Ele teria, na ótica dos presos, denunciado colegas de pavilhão.
De acordo com a Seres, por medida de segurança, sete detentos foram transferidos para outras unidades. Foram acionados o Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres), o Batalhão de Choque, Samu, Corpo de Bombeiros, Delegacia de Homicídio, Instituto de Medicina Legal e o Instituto de Criminalística. O fato será apurado pela Delegacia de Tejipió.
Considerado o pior presídio do Brasil pela Organização dos Estados Americanos (OEA), o Complexo do Curado tem hoje cerca de 7 mil detentos, quando o número de vagas é de 1,7 mil. O presídio é mais superlotado do País, com 265% a mais da capacidade original.