POLÍCIA

Sobe para dois o número de mortos após rebelião no Complexo do Curado

Renato Mota
Renato Mota
Publicado em 02/07/2016 às 10:12
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Um dos detentos encaminhados para atendimento hospitalar após um tumulto no Complexo do Curado, veio a falecer durante a madrugada deste sábado. / Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Um dos detentos encaminhados para atendimento hospitalar após um tumulto no Complexo do Curado, veio a falecer durante a madrugada deste sábado. Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Em nota enviada à imprensa na manhã deste sábado (02), a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que um dos detendos encaminhados para atendimento hospitalar após um tumulto em um pavilhão do Presídio Juiz Antônio Luis Lins de Barros (PJALLB), no Complexo do Curado, veio a falecer durante a madrugada. Com a morte, já são duas as vítimas fatais da rebelião, que ocorreu na noite desta sexta (01).

Wendell Pereira dos Santos chegou a ser encaminhado ao Hospital da Restauração, mas não resistiu aos ferimentos. Outro detento falecido, Wellinton Gomes Guedes, foi morto ainda no presídio. Três presos também foram hospitalizados, um deles recebeu alta e os demais permanecem em atendimento. 

Um dos feridos, o chaveiro da prisão, teria levado um tiro na boca disparado por detentos. Ele teria, na ótica dos presos, denunciado colegas de pavilhão.

De acordo com a Seres, por medida de segurança, sete detentos foram transferidos para outras unidades. Foram acionados o Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres), o Batalhão de Choque, Samu, Corpo de Bombeiros, Delegacia de Homicídio, Instituto de Medicina Legal e o Instituto de Criminalística. O fato será apurado pela Delegacia de Tejipió.

Considerado o pior presídio do Brasil pela Organização dos Estados Americanos (OEA), o Complexo do Curado tem hoje cerca de 7 mil detentos, quando o número de vagas é de 1,7 mil. O presídio é mais superlotado do País, com 265% a mais da capacidade original.

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