Bruna, de apenas 2 anos, não enxerga devido a um glaucoma congênito Foto: Luiz Pessoa/NE10
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Doença rara e hereditária, se não tratada devidamente pode levar à cegueira definitiva. Proveniente da má formação ocular durante a gestação, a doença eleva a pressão intraocular da criança e cria um edema que deixa os olhos com uma aparência leitosa e azulada.
O caso de Bruna Lins não é diferente dos demais, porém é bastante agressivo. Acompanhada pelo Dr. Hellmann Cavalcanti - referência em oftalmopediatria em Pernambuco -, Bruna já passou por duas cirurgias que serviriam para reduzir o edema e a pressão intraocular no instituto Altino Ventura. No entanto, as cirurgias feitas no sistema público de saúde foram insuficientes para resolver o problema da menina.
"O avanço da doença é preocupante", afirma a mãe dela, Iranir Lins dos Santos, 39 anos. "Sabemos que o desenvolvimento do glaucoma pode levar à cegueira definitiva e tentamos tudo o que podíamos. Até os médicos daqui já fizeram tudo o que puderam, agora só temos como melhorar a situação dela se conseguirmos fazer uma operação em Miami, nos Estados Unidos, como foi o caso de Nicolly", se referindo ao caso da menina Nicolly, que através de uma campanha nas redes sociais conseguiu arrecadar fundos para gastos hospitalares além de conseguir passagem, hospedagem e cirurgias pagas por uma fundação de um hospital em Miami.
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SOBRE O TRATAMENTO - Hoje, a vida de Bruna é uma rotina de exames e sessões de estimulação visual no hospital Altino Ventura, que doa o colírio necessário para evitar irritação e inflamação: "Tem um custo muito elevado esse colírio, cerca de R$ 250 por mês, ainda bem que a assistência social do hospital conseguiu essa doação mensal. Eu não saberia o que fazer se eu não o recebesse de graça", diz Iranir.
A menina vive numa pequena casa no bairro de Águas Compridas, em Olinda. Limitada tanto pela cegueira, quanto pela falta de espaço, Bruna frequentemente se mostra irritada, estressada. Segundo a mãe, os médicos explicam o estresse e a irritação relacionados com a falta de espaço físico para brincar e pela audição aguçada e sensível que vem se desenvolvendo com a limitação da visão. No entanto, Bruna é capaz de andar sem tropeçar nos móveis e portas da casa. “Ela consegue andar pela casa sem se machucar usando apenas a audição e o tato, agora, muitas vezes, ela nem precisa mais tocar no sofá ou na porta para ir de um lugar ao outro” conta a mãe de Bruna.
A família criou uma fanpage para tentar obter ajudaFoto: Luiz Pessoa/NE10
A família de Bruna criou uma página no Facebook Todos pela visão da princesa Bruna (http://migre.me/tVcIa), para tentar angariar recursos ou, ainda, trazer às redes a história para uma possível indicação de um especialista que se interesse pelo caso. Além disso a família disponibiliza o telefone de Iranir Santos, (81) 98755.6987 para um contato direto com os familiares e responsáveis por Bruna.