Principal reivindicação da categoria é quando ao reajuste salarial de 16,5%, com base na inflação de 2014 e 2015 Foto: Priscila Miranda/NE10
Antes de seguirem em caminhada até a sede do Governo do Estado, a categoria esteve concentrada em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na Rua da Aurora, bairro de Santo Amaro, no Recife. No local, os manifestantes discutiram a possibilidade de greve, a depender do resultado da rodada de negociação.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, Alberison Carlos, disse, pouco antes da reunião começar, que a categoria quer 15% de reajuste salarial e 18,53% de reposição inflacionária referente ao período de 2014 e 2015. "O movimento está dentro da legalidade. Independente da contraproposta do governo, quem vai decidir somos nós", ressaltou Alberison. O pleito, no entanto, não será atendido pelo Estado que argumenta a crise financeira nos cofres públicos.
Policiais e Bombeiros Militares ameaçam greve geralFoto: Priscila Miranda/NE10
Para barrar a insatisfação dos militares, o Governo do Estado deve oferecer alguns benefícios à categoria. Outra estratégia adotada em caso de greve é ter o apoio da Força Nacional. Em nota, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), demonostrou preocupação frente à possível greve da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Confira:
O Ministério Público do Estado de Pernambuco, no exercício da função institucional do controle externo da atividade policial, vem externar sua preocupação em face das notícias veiculadas pela imprensa local, alusivas à possibilidade de deflagração de greve pelos integrantes da Polícia Militar de Pernambuco e do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco. O MPPE espera que os atores envolvidos nas negociações possam chegar a um consenso, tendo em vista que eventual movimento paredista implicará considerável prejuízo à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, com um agravamento da criminalidade no seio da sociedade pernambucana.
É mister destacar, ademais, a vedação estabelecida na Constituição Federal, nos termos dos artigos 42, § 1º e 142, § 3º, IV, no que pertine à deflagração de greve por policiais militares, ao mesmo tempo em que se reconhece a necessidade de melhorias nas condições de trabalho dos policiais militares, de sorte que o MPPE manifesta-se no sentido de que seja estabelecido um efetivo diálogo entre o Estado de Pernambuco e as associações dos militares, com vistas à manutenção do serviço essencial de segurança pública, que é dever do Estado e direito e responsabilidade de todos, nos termos do art. 144 da Constituição Federal.